MAIS UM CASO DE HOMOFOBIA NA EDUCAÇÃO EM RONDÔNIA: PROFESSOR É AFASTADO POR SER GAY

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Um caso envolvendo supostos atos de homofobia e preconceito contra um professor da rede pública foi registrado no município de Nova Mamoré, em Rondônia. De acordo com o professor  Francisco Eurimar Alves da Silva, 33 anos, funcionário público do Município de Nova Mamoré, lotado na Semed/NM concursado desde o ano de 2012, foi impedido de ministrar suas aulas por ser homossexual.

O professor afirmou que desde que passou no concurso para ministrar aulas nas instituições de ensino do município vem sendo preterido pelos diretores das unidades escolares, que de acordo com ele, abertamente falavam que não queriam trabalhar com um homossexual.

Uma reunião composta por pais de alunos de uma escola chegou a pedir o afastamento do professor da sala de aula, tudo devido a sua orientação sexual.

Após um longo período de rejeição ele conseguiu desenvolver um trabalho pedagógico no CREAS da cidade, mas foi surpreendido com um afastamento deferido em seu desfavor devido uma ação administrativa baseada em relatórios produzidos pelos próprios diretores e supervisores responsáveis pelos atos de preconceito dentro das unidades em que tentou trabalhar.

Segundo o professor Francisco Eurimar fatos semelhantes já vinham ocorrendo no município de Nova Mamoré, ele relata que em 2009 foi aprovado em 3º lugar num Concurso para aquele município e que a pressão foi tão forte sobre sua orientação sexual que acabou abandonando o contrato.

O professor diz ainda que nunca recebeu apoio da SEMED de Nova Mamoré e que sentia preconceito até mesmo das pessoas que trabalhavam naquele setor. Conta ainda que foi ameaçado por bilhetes, deixado em baixo da porta  de onde estava hospedado e que se sentiu ameaçado. Chegando ao município de Nova Mamoré procurou a Delegacia de Policial Civil e registrou a Ocorrência Policial de nº 696-2014 alusiva a Discriminação, Assédio Moral, Constrangimento ilegal, Danos morais e materiais.

Fiquei em primeiro lugar no concurso público de 2012 e escolhi ir para lá porque nenhum professor se interessou, mesmo assim passei dias de horror, fui julgado, hostilizado, exposto ao ridículo, a humilhação e ao constrangimento público, foi uma sensação de puro desconforto, de muito medo. Fui ameaçado, apontado nas ruas e impedido inclusive de ir à escola. Pela primeira vez fiquei com vergonha da minha orientação sexual. Se isso vira moda, daqui a pouco, além dos homossexuais, negros, velhos, gordos e descentes também serão impedidos de ministrar suas aulas e a escola ficará nas mãos de pessoas intolerantes, falsos cristãos, ignorantes e burros. Isso é inadmissível.” Disse o professor.

 

 

O educador emitiu uma nota pública em sua página no Facebook onde falou sobre o caso de denuncia o crime de homofobia cometido por agentes do serviço púbico na cidade de Nova Mamoré. Confira:

 

 

Fonte: Rondoniaovivo e News Rondônia