Líderes de facção criminosa que atua na Ponta do Abunã são presos pela Polícia Civil em RO

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Quatro homens apontados pela Polícia Civil como líderes de uma facção criminosa foram presos esta semana em Porto Velho. Eles atuavam na região da Ponta do Abunã, que abrange os distritos de Vista Alegre do Abunã, Extrema e Nova Califórnia, na fronteira com a Bolívia e divisa com o Acre.

Os presos são André Luiz Pereira da Costa (Neném), Geová Rufino da Silva (Paraíba), Wellington Igor Braga (Cachoeira) e Emerson Ramos de Jesus (Blade). Os mandados de prisão preventiva são por indícios de participação em homicídios, como mandantes ou executores, associação criminosa e tráfico de drogas.

Conforme a polícia, as investigações começaram há alguns meses com coleta de informações relacionada a vários homicídios ocorridos nos distritos.

Durante as diligências, os agentes perceberam que as mortes eram resultado da infiltração de uma organização criminosa do Acre que se instalava na área.

A delegada Keity Mota explicou que com a identificação dos líderes e reunião de provas do envolvimento deles com os crimes, a polícia pediu a prisão deles e teve os pedidos concedidos pela Justiça.

“A situação com relação a liderança dessa organização foi neutralizada. Essas pessoas estão presas. Nós estamos atuando para não deixar que essa ramificação da organização criminosa crie corpo no nosso estado de Rondônia”, comenta.

Keity revela que os membros acrianos da facção tentavam dominar o mercado de drogas na localidade, inclusive com intimidação aos moradores e traficantes locais.

“Um traficante menor que não queria pegar droga com essa organização, que não aceitava trabalhar para ela pagando mensalmente a quantia de R$ 100, era morta. Então tudo que desagradava eles, era motivo de ceifar a vida do outro ser humano para aterrorizar tanto os que estão integrados na organização quanto a população de bem para não falar nada”, explica.

De acordo com a delegada, os trabalhos na área continuam em ações integradas das polícias civil e militar.

“Geralmente na estrutura deles quando um cai, o outro substitui, mas eu acredito que com essas quedas constantes, nós vamos continuar trabalhando na região, não vamos deixar isso continuar, embora eles acreditem que vão ter êxito devido a distância da nossa capital, nós estamos vendo o que está acontecendo e acompanhando”, diz.

A defesa de André Luiz e Geová Rufino informou que ainda está tomando conhecimento do processo e dos motivos da prisão. O G1 tenta contato com as defesas de Wellington Igor e Emerson Ramos.

Fonte: G1