Lançado projeto que vai reflorestar 12 mil hectares de áreas degradadas em Rondônia

0
205

Na manhã desta quarta-feira (29), Rioterra e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) de Rondônia lançaram projeto que vai recuperar mais de 12 mil hectares de áreas desmatadas em Rondônia. Como primeira parte dessa ação, serão recuperados 270 hectares na Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá, localizada nos municípios de Machadinho D’Oeste e Cujubim.

De acordo com o cronograma apresentado, no mês de julho já foram iniciadas as coletas para análise de solo e também o processo de produção de mudas destinadas a área. Para agosto e setembro estão programadas as atividades de limpeza das estradas de acesso e preparação do solo para o plantio das mudas. De acordo com Alexis Bastos, coordenador de Projetos do Centro de Estudos Rioterra, até o mês de janeiro estará finalizado o plantio das mais de 360 mil mudas no local.

O secretário da Sedam, Marcílio Leite Lopes, ressaltou a importância da parceria e disse que a ação vai de encontro a uma prioridade da pasta, que é manter a sustentabilidade das unidades de conservação. “É um projeto que soma às nossas ações de controle de desmatamento e proteção nas unidades. Nosso objetivo é estender para outras áreas da Resex Rio Preto Jacundá e também para outras unidades de conservação”, planeja.

Também presente na cerimônia, o titular da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), Denison Trindade da Silva, se disse feliz pela parceria e reforçou a importância do projeto: “isso é inédito e trará ganhos ambientais e sociais, com geração de mais de 80 empregos diretos, fomentando a economia da comunidade extrativista”.

O presidente da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá (Asmorex), José Pinheiro, também esteve presente no lançamento, representando toda a comunidade. Ele falou do aspecto inovador do projeto que, segundo ele, beneficiará não só os moradores da unidade, mas de outras UCs também. “Estamos felizes e gratos pela parceria já consolidada com o Centro de Estudos Rioterra, que já vem desde 2011, e que chega agora com essa ação num momento tão promissor para nós”, reforçou.

Ao final, Telva Barbosa, presidente do CES Rioterra, reforçou o compromisso da instituição com o desenvolvimento socioambiental do estado, pela garantia de direitos e acessos às populações tradicionais frente às mudanças climáticas. De acordo com Telva, “nos próximos anos a instituição tem a missão de recuperar mais de 12 mil hectares de áreas degradadas. Serão plantadas mais de 15 milhões de árvores em propriedades da agricultura familiar, unidades de conservação e terras indígenas, em parceria com as comunidades e instituições públicas e privadas”.