Justiça leva a leilão imóveis do grupo Gonçalves que foram entregues em 2019 pra saldar dívidas

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Depois de dois anos de andamento processual, o judiciário de Rondônia anunciou para o dia 12 de abril o leilão de imóveis que pertenciam ao empresário José Gonçalves, que comandou por décadas os mercados Gonçalves, com sede na capital, Porto Velho. Este leilão corresponde às vendas dos imóveis apenas da capital. A dívida trabalhista da empresa ultrapassa os R$ 22 milhões e os imóveis entregues à justiça em 2019 pelo empresário estão avaliados em R$ 100 milhões.

A empresa entrou em Recuperação Judicial, porém com a crise financeira, a situação dos mercados Gonçalves piorou e a falência foi inevitável. A empresa gerava centenas de empregos diretos e seu fechamento causou um baque econômico na capital. Mesmo com todos os problemas que um processo de falência gera, a marca Gonçalves ainda vai injetar na economia de Porto Velho R$ 22 milhões a mais, dinheiro que estará em circulação no comércio local até o final deste ano.

FILHO NÃO FOI O CULPADO

Durante a última fase da empresa, o filho mais novo do dono, o qual tem o mesmo nome do pai, José Gonçalves Junior, fechou sua agência de publicidade para tentar ajudar o patriarca a reestruturar a empresa da família.

Junior Gonçalves, como é conhecido, acabou sendo rotulado como culpado pela falência dos negócios do pai, o que não aconteceu. O filho do empresário sofreu perseguição e teve que adotar procedimentos de segurança pra preservar a família.

Uma sequência de erros gerenciais cometidos antes de Junior saber da situação, e tentar revertê-la, colocaram em xeque a saúde da empresa. Junior ainda tentou progredir com a marca, mas já não havia mais o que ser feito.

Por ter tomado a frente nos últimos momentos do mercado, a imagem de Junior Gonçalves acabou sendo vinculada à situação econômica da empresa, fato que lhe rende problemas até hoje.

FILIAIS

Imóveis onde funcionavam outras filiais da empresa em outros municípios de Rondônia como, por exemplo, Ariquemes, já foram leiloados e as dívidas estão sendo liquidadas. Acredita-se que boa parte dos débitos estarão sanados até o final deste ano.

Fonte: Oobservador