Jovem que matou desafeto e queimou corpo é condenado a 17 anos de prisão

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O Tribunal do Júri condenou Alex Rocha Dias a 17 anos, sete meses e 15 dias de prisão pela morte de Lucas Costa Pereira, em Paraíso do Tocantins. O assassinato aconteceu em fevereiro do ano passado. O corpo da vítima foi encontrado queimado em um matagal na cidade.

Alex Rocha foi condenado nesta sexta-feira (13) por homicídio triplamente qualificado e destruição de cadáver. A sentença é de primeira instância e ele poderá recorrer, mas seguirá preso.

Segundo a denúncia criminal do Ministério Público Alex, junto com dois menores, atraíram a vítima até uma chácara sob alegação de que iriam consumidor drogas. Mas quando chegou ao local, Lucas foi atacado com golpes de faca. Ele também teve o crânio atingido com pedradas. Em seguida, eles atearam fogo no corpo do cadáver.

Os promotores de Justiça Breno Simonassi e Eduardo Ferro, que atuaram na acusação em plenário, sustentaram as teses de que a Alex agiu por motivo fútil, atuou por meio cruel, utilizou recurso que tornou impossível a defesa da vítima e que ainda, participou da destruição do cadáver.

O caso

O corpo de Lucas Costa foi encontrado no dia 17 de fevereiro de 2018. Na época, a Polícia Civil informou que ele foi assassinado na madrugada em uma chácara no setor Vila Regina, e tinha marcas de perfuração pelo corpo. O rosto dele estava deformado. Uma pedra foi encontrada no local manchada de sangue.

O corpo foi enterrado como indigente no dia seguinte, já que o IML da cidade não tem câmara fria. Horas depois do enterro, uma mulher apareceu no instituto e se apresentou como a mãe do rapaz. Ela entregou um documento de identidade. Foram realizados exames que constataram ser Lucas. Antes do sepultamento, o IML colhe materiais para DNA e impressões digitais.

Segundo informações do IML, o enterro aconteceu porque o instituto não poderia acomodar o corpo que já se encontrava em estado de decomposição. Em muitos casos, os cadáveres são encaminhados para Palmas, mas funcionários disseram que a câmara fria do IML da capital está sem funcionar há meses.

Fonte: G1