Jesualdo Pires diz em entrevista porque quer ser senador da República

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JI-PARANÁ- O ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), pré-candidato ao Senado Federal, concedeu entrevista ao jornalista Vinícius Canova, do Rondônia Dinâmica, a quem disse porque não aceitou ser candidato ao governo de Rondônia. Bem avaliado, Jesualdo é considerado o melhor gestor municipal do Estado e um dos melhores do País. O ex-prefeito colocou a cidade de Ji-Paraná no mapa das melhores cidades do Brasil. Ji-paraná é hoje uma das 50 cidades brasileiras que mais geraram empregos. Na última quinta-feira (28), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com base em dados de 2016, divulgou o IFDM – Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal 2018. A instituição monitorou os indicadores sociais em 5.471 municípios, onde vivem 99,5% da população brasileira. “Dentre os 52 municípios rondonienses, Ji-Paraná é o que mais desenvolveu em 2016 no Brasil, atingindo a 755ª posição do ranking nacional”.

Jesualdo Pires conversou com o Rondônia Dinâmica sobre os índices de sua administração; falou a respeito das famas de administrador pão-duro e “caçador” de impostos; contou suas motivações para concorrer ao Senado Federal agora em 2018 e relatou suas impressões sobre as condições legais do senador Acir Gurgacz (PDT) para a corrida ao Palácio Rio Madeira.

E ainda: mandatos e corrupção na Assembleia Legislativa (ALE/RO); desmotivação no Parlamento após início da era Valter Araújo – e as inúmeras tentativas de extorsão sofridas.

Rondônia Dinâmica – Por que o Senado Federal, especificamente?

Jesualdo Pires – Me sinto preparado pra esse mandato pela minha experiência de vida, minha maturidade. E também minha experiência profissional como engenheiro, empresário. Meu histórico político de dois mandatos como deputado estadual, dois mandatos como prefeito da segunda maior cidade do Estado, ambos exitosos, me colocam numa posição de muita responsabilidade, especialmente neste momento em que o Brasil passa por uma grave crise de comportamento dos políticos.

RD – Qual o diferencial entre a postura do senhor e essa crise comportamental da classe política?

JP – Não quero generalizar, mas nossa classe política tem um comportamento que não é compatível com os anseios da população. Então isso me trouxe esse forte sentimento de ajudar o Estado de Rondônia e o País. Por que o Senado? Porque tenho condições para isso, de encarar a disputa. Nossos últimos quatro governadores do Estado são oriundos de cidades médias do interior de Rondônia, como é o caso de Confúcio (MDB), Cassol (PP), Raupp (MDB) e Bianco (DEM). E hoje, como prefeito reeleito com mais de 70% dos votos na segunda maior cidade do Estado, eu poderia também perfeitamente estar pleiteando um cargo de governador de Rondônia. Eu acho que teria essa condição também.

RD – E por que não o governo, então?

JP – Porque vejo que é um momento de transformação do País. Vejo que precisamos de um Congresso renovado, um Congresso com ideias diferentes. E espero, se chegar lá, se for desejo da população, que a gente possa iniciar esse processo de transformação. Eu não consigo me conformar que um país tão rico como o nosso, um país de dimensões continentais, não vá para frente. O Brasil passa por muitas privações e existem comparações que deixam essa chaga ainda mais escancarada.

RD – Quais comparações?

JP – Faço um comparativo pequeno e singelo. Sou do interior do Estado de São Paulo, de uma cidade chamada Presidente Prudente, onde há muitos japoneses. Fui criado no meio de japoneses, estudei em escolas de japoneses. Admiro muito a cultura oriental, sou muito estudioso em relação ao Japão e outros países orientais também. Para se ter uma ideia, o Japão é formado por seis mil oitocentas e poucas ilhas, ilhotas, ilhas médias, maiores. O território é de 320 mil km2, um pouco maior do que Rondônia, que tem 240 e poucos mil, e o Brasil é vinte e cinco vezes maior do que o Japão em termos de território. O Japão tem 130 milhões de habitantes. Um país onde praticamente 90% de suas terras não são agricultáveis, ou seja, só 10% a 15% do território têm condições de agricultura. É um país sem riquezas naturais. Não tem petroléo, não tem minério de ferro. E além disso tem neve, fenômenos naturais seríssimos como terremotos e vulcões em erupção, e é a 3º maior potência do mundo. O 3º melhor país em termos de qualidade de vida em todo o Planeta. E aí eu me questiono: “Por que nós brasileiros, com todas as condições que os japoneses não têm, estamos tão atrasados? Por que as coisas não acontecem aqui?”.

RD – Por quê?

JP – A resposta é a questão política, vejo que a questão política faz a diferença.

RD – Quais pontos positivos o senhor extrai da sua atividade política desde quando começou até agora?

JP – Eu cheguei a Rondônia em 1983. Sou de São Paulo, meu pai era pernambucano e minha mãe paulista. Cheguei muito jovem aqui, com 22 para 23 anos. Tinha apenas um ano de formado em Engenharia, curso que fiz em São Paulo. Vim como a maioria das pessoas que veio para cá, com sonhos e vontade de realizações. Trabalhei muito. A política veio por acaso. Fui candidato a vice-prefeito em Ji-Paraná, acabamos perdendo a eleição com a nossa chapa encabeçada pelo candidato a prefeito Zé Otonio Lima Silva, empresário dono da rede de postos Vitória.

RD – Mesmo assim quis insistir?

JP – Claro. Em 2006, através de muitos convites e pessoas me incentivando, fui candidato a deputado estadual pela primeira vez. E foi justamente naquela onda de grande renovação que houve na ALE/RO onde praticamente 80% ou mais dos deputados foram renovados.

RD – Logo depois da Operação Dominó?

JP – Sim, logo depois. Acho que uns quatro deputados ou cinco, no máximo, foram reeleitos. E eu, logo chegando na ALE/RO, tive uma grande responsabilidade como deputado de primeiro mandato. Porque fui eleito pelos meus colegas como 1º secretário da Mesa Diretora que, depois do presidente do Legislativo, é o cargo mais importante da Casa de Leis. E o 1º secretário cuida da parte administrativa da ALE/RO, cuida da inciativa, pessoal, finanças, enfim, toda a parte burocrática e interna. Até se diz que o 1º secretário das câmaras municipais ou dos legislativos estaduais é como se fosse o prefeito desses Poderes.

RD – E foi feito, então, um “pente fino” no Legislativo?

JP –Nós tivemos muito trabalho naquele primeiro momento, até porque havia muitos contratos superfaturados, resquícios da Operação Dominó, muitas fraudes, muitos desvios de funções, funcionários “fantasmas”. Então foi um trabalho muito intenso. Enfrentamos toda a sorte de dificuldade para colocar de novo a ALE/RO nos trilhos. Tanto é que nosso orçamento, que na época era algo em torno de R$ 105 mi, a gente, todo o ano, devolvia mais ou menos R$ 15 a R$ 20 mi ao Governo do Estado, para que o Executivo pudesse aplicar em outras ações.

RD – Então veio à reeleição?

JP – Sim, e tive novamente uma votação histórica: fui o deputado mais votado no interior do Estado. Foram quase 19 mil votos. Naquele momento disputei uma eleição difícil pleiteando a Presidência da ALE/RO, e acabei perdendo para o ex-deputado Valter Araújo. E aí acabou acontecendo tudo o que se sabe.

RD – Como o senhor reagiu à prática de corrupção permeada pelo ex-presidente Valter Araújo, principalmente como membro daquela legislatura?

JP – Me senti desmotivado, né? Foi mais uma razão de eu perder o encanto que tinha pelo parlamento. Tudo o que aconteceu em 2011 me trouxe uma vontade ainda maior de sair do Legislativo. Tanto é que dizia a meus amigos que se eu não fosse eleito prefeito de Ji-Paraná provavelmente não disputaria mais o cargo de deputado estadual. Achei que já havia dado minha contribuição durante os dois mandatos. Mas foi ruim. De novo a ALE/RO voltou a ser notícia negativa, inclusive nacionalmente.  O nosso período de tranquilidade foi no primeiro mandato. Se você pegar todas as outras legislaturas, verá que há presidentes presos, foragidos, enfim, todo o tipo de problema.

RD – E aí caiu fora e foi brigar para ser prefeito?

JP – Sim, e me preparei para isso. Muitas pessoas lá em 2008 já me incentivavam a ser candidato, na metade do meu primeiro mandato. E eu era honesto, dizia que não estava preparado ainda. Achava que deveria cumprir meu mandato de deputado, ser testado nas urnas para saber se realmente o exercício foi reconhecido de maneira positiva e isso, para mim, foi muito importante. Acabou que fui reeleito com 60% de votos a mais na segunda eleição, em 2010. Aí sim, com esse termômetro, fui ser candidato a prefeito.

RD – E como foi a eleição?

JP – Fui candidato a prefeito com meu companheiro Marcito Pinto, que é do PDT, de vice. E ganhamos as eleições com mais de 75% dos votos. Tivemos uma responsabilidade muito grande porque a população de Ji-Paraná depositou na nossa chapa, no meu nome, principalmente, a grande esperança de mudanças estruturais dentro da administração do município.

RD – E foi do jeito que o senhor imaginou? Realizou o que queria? O saldo foi melhor ou pior do que esperava?

JP – Foi melhor. Eu imaginava que administrar um município fosse difícil, complicado. Eu sempre ouvia os prefeitos reclamarem de tudo, dizendo que as coisas eram difíceis, não dava para fazer nada. E eu não me conformava com aquilo, achava que era possível fazer bastante mesmo com pouco. Então provei pra mim mesmo que era possível, através de uma gestão de qualidade, no meu entendimento, unindo a questão técnica de escolha de grupo nos lugares certos, regime de austeridade. E até brincavam comigo dizendo que eu era um prefeito pão-duro, segurava tudo.

 

RD – Pão-duro em que sentido?

JP – Segurava muito as despesas com viagens, despesas de energia, com água. Pra você ter uma ideia, a conta da Caerd, em dezembro de 2012, foi de R$ 120 mil. Fiz um pacto com a Caerd, negociei com ela redução no valor das tarifas, cortei todos os rabichos, as tais ligações clandestinas, e havia um monte delas espalhadas por todos os cantos. Resultado: hoje a Prefeitura de Ji-Paraná paga R$ 20 mil mensais pra Caerd – em todos os órgãos públicos. Ou seja, só na água economizamos R$ 100 mil por mês, R$ 1,2 mi por ano.

RD – E no lado da arrecadação, como procedeu?

JP – Fui tachado no início do meu mandato de prefeito muito cobrador de impostos. Esse é um defeito que a maioria dos prefeitos tem. Os prefeitos não têm coragem de cobrar impostos.

RD – Porque é uma medida impopular…

JP – Sim, impopular. “Ah, eu vou cobrar e aí meu amigo vai ficar chateado comigo. Meu vizinho, que é meu eleitor, também. O meu parente…”. Então o prefeito não pode ter esse comportamento. Fizemos uma adequação na área da Secretaria Municipal de Fazenda, criamos um Núcleo de Inteligência Fiscal, fizemos o georreferenciamento em toda a cidade aumentando a base de dados dos imóveis de Ji-Paraná. As equipes desse núcleo atuaram e atuam ainda nas empresas na questão do ISS e tivemos grandes resultados, tanto é que a receita própria de Ji-Paraná aumentou de 18% para mais de 40%. Esse é um dado muito importante.

RD – Mas no início a ação foi muito criticada, não?

JP – Até entre amigos. Algumas pessoas brincavam em tom de críticas dizendo “Ah, esse prefeito aí não vai ser eleito nem inspetor de quarteirão, tamanha a impopularidade que ele tem na cidade”. Adotei medidas duras e necessárias, no meu entendimento. E fomos reeleitos com mais de 70% dos votos e eu, especificamente, um dos cinco prefeitos reeleitos em todo o Estado de Rondônia em 2016. A maioria não foi reeleita.

RD – A ótica do “prefeito maldoso” mudou, então, com a visão das medidas na prática?

JP – Atribuo a isso. A população entendeu que as medidas adotadas para Ji-Paraná foram tomadas a fim de melhorar a saúde, educação. A Secretaria de Obras foi dotada com máquinas, temos usina própria de asfalto. E é da prefeitura, não do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/RO), deixando claro. Caminhão varredor, também adquirido com recursos próprios, dezenas de caminhões-pipa, caçambas, de lubrificação, pá carregadeira, patrol, enfim.

RD – Nas áreas da saúde e educação, Ji-Paraná também se destacou com excelência. O que foi feito nesses setores, especificamente?

JP – A educação, para mim, é um grande orgulho. Eu valorizo muito a educação, porque eu, Jesualdo, sou produto, prova viva de como a educação transforma uma pessoa. É a minha obsessão e eu coloquei em prática em Ji-Paraná. Não estou dizendo que irei fazer. Eu fiz! Ji-Paraná tem o melhor Ideb disparado por dois biênios consecutivos, reformamos praticamente todas as escolas, e foram reformas com “r” maiúsculo. Hoje nossas escolas estão todas climatizadas, lousas digitais, todas mobiliadas. As nossas escolas são muito melhores que as privadas. E, além disso, há toda uma preparação.

RD – Que tipo de preparação?

JP – Desde a merendeira, passando pelos zeladores, supervisores e especialmente pelos professores, motivando a escola. A merenda nossa é de qualidade excelente, o transporte escolar também. Nunca tivemos problemas com transporte escolar. Nunca um aluno de Ji-Paraná deixou de frequentar um dia sequer de aula por causa de transporte escolar. Nosso trabalho foi muito intenso na área da educação. E infelizmente, no Brasil, a educação é um setor que nem todos valorizam.

RD – E na saúde?

JP – Outra coisa que melhoramos bastante. Tanto é que Ji-Paraná é o único município que tem quesito “A” pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO) no que se refere à saúde pública.  Reformamos todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), e construímos mais algumas. Contratamos mais de 300 profissinais, dobramos o número de médicos. Quando nós entramos e passamos a exercer o mandato, existiam apenas 11 grupos do Programa de Saúde da Família, onde há médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e, se não me engano, cinco agentes comunitários de saúde. Hoje nós temos 30 grupos, atendendo mais de 90% do território de Ji-Paraná.  Pretendemos, com mais um ano, no máximo, chegar a 100%.

RD – E os efeitos práticos disso?

JP – O afluxo de pessoas para o Hospital Municipal diminuiu mês a mês. O que acontecia? Às vezes a pessoa está com dor de barriga ou com outros problemas simples e vai para o hospital. O hospital é uma unidade de saúde para casos graves, emergenciais. De internamentos, cirurgias. É outro contexto. Então a Saúde Básica foi valorizada e os números melhoraram também em termos de qualidade de atendimento.

RD – O senhor é ficha limpa e entra numa disputa com vários candidatos maculados por acusações ou mesmo condenações em termos de corrupção. Como se sente nesse panorama?

JP – Me sinto feliz. Lembro que quando entrei na prefeitura muitas pessoas me falavam que, quando saísse, teria no mínimo uns 30 processos nas costas. Graças a Deus, até o momento, não tivemos nenhum processo. Todas as minhas contas foram aprovadas nos quatro primeiros anos, falta o quinto, de 2017. Tudo à unanimidade pelo TCE/RO, somente com algumas ressalvas, o que sempre ocorre. Acho que ser ficha limpa deveria ser obrigação de qualquer candidato ou cidadão comum. Hoje, no Brasil, tornou-se praticamente uma vantagem, o que é chato, ruim. Deveríamos discutir o que pensamos para este país.

RD – O senhor processou um radialista de Ji-Paraná e acabou ganhando R$  5 mil por danos morais. Como é sua relação com a imprensa? Você faz o tipo intransigente, que não aceita críticas, ou foi algo que passou do ponto?

JP – Sou muito tranquilo em relação às críticas, tanto é que sou muito criticado. Sempre fui e continuo sendo. Recebo críticas praticamente diárias. Agora, existem críticas que vão para o lado pessoal. Envolvem família, esposa, filhos, e aí é uma coisa que, por mais que você tente segurar, acaba demandando a Justiça. As críticas precisam ser pertinentes, e eu aceito todas elas, sempre aceitei. Recebo elas com a maior tranquilidade possível, tanto é que tenho boa relação com a imprensa em Ji-Paraná e também em todo o Estado de Rondônia.

RD – O que te levou a processar o profissional?

JP – Processei o radialista por ofensas pessoais, tanto é que a Justiça me deu ganho de causa. Não admito ser chamado de ladrão, por exemplo. Não admito ser chamado de safado. Eu acho que o homem público brasileiro, até por conta dessa grande balbúrdia que existe, está acostumado a ser xingado e achar normal. Eu não acho normal chegar pra você e te chamar de safado, de ladrão. Não acho normal o cara chegar e chamar você de ladrão dos cofres públicos do município. Não acho normal. Aí me falam: “Ah, mas isso é assim mesmo, releva”. Não, não acho isso e nunca vou achar. Se tiver que pagar alguma coisa pra sair da política por conta disso, vou sair. Político tem de ter dignidade também como qualquer outro profissional. A crítica é bem-vinda quando não é maledicente ou fruto de  extorsão.

RD – Já tentaram lhe extorquir?

JP – Sim, várias vezes.

RD – E de onde vieram essas tentativas?

JP – Ah, da imprensa. Alguns segmentos, poucos, minoria, mas há setores da imprensa que agem dessa forma. Pessoas que às vezes aparecem com conversas “atravessadas”. Falam que vão começar a denegrir a imagem se não forem recompensadas de uma forma ou de outra. Como não aceito esse tipo de coisa, acabo pagando por isso. E pago com tranquilidade e cabeça erguida. Mas existem, sim, pessoas que orbitam a classe política vivendo desses expedientes de ameaças.

RD – Voltado às eleiçõe 2018, em relação ao governo nós tivemos a saída do ex-governador Ivo Cassol (PP) do páreo justamente por problemas com a Justiça. O senhor falou sobre a necessidade de mudar o panorama, mas o PSB vai de braços dados, pelo visto, com o senador Acir Guragacz, do PDT, também condenado pelo Supremo (STF) a 4 anos e seis meses de reclusão. Como o senhor enxerga essa situação?

JP – Converso muito com o senador Acir sobre isso. A situação dele é diferente da situação do Cassol. Não aqui justificando, mas a situação dele é de um problema privado, de uma empresa privada. Isso em relação a um financiamento onde ele foi avalista, e esse financiamento já foi inclusive quitado com o Basa pelo empreendimento dele, a Eucatur. Então ele nos convence, a todos nós do PSB, que não agiu de má-fé, de forma alguma.

RD – Qual o porquê do entedimento?

JP –  Não foi ação de má-fé, de desvios de recursos, de superfaturamento. Não houve manipulação de contratos, enfim, é uma  situação que ele coloca com muita firmeza para nós a respeito de sua inocência no caso. Tanto é que as outras pessoas envolvidas, no mesmo processo, e olha que coisa interessante, foram todas absolvidas. Ele foi o único condenado! Todas as outras pessoas foram absolvidas, então entendemos que é um processo onde, evidentemente,  terá de passar pelo crivo final dos recursos. E estamos aguardando. Pode até ter errado, mas foi num momento muito antes de ele entrar na vida política.

RD – Quais as pautas o senhor pretende defender no Congresso Nacional?

JP – O Congresso Nacional é muito omisso em relação aos problemas estruturais brasileiros, não legisla. Acaba que o próprio STF legisla, até por omissão do parlamento. Hoje nós temos problemas estruturais que precisam ser sanados. Minha meta é a educação, a mola mestra do  desenvolvimento de uma nação. E precisamos avaliar com muito cuidado a questão do livre mercado, porque se todos os países abrissem suas barreiras seria ótimo. Aí todos poderiam lutar em condições iguais. Mas quando você vê seríssimas e pesadíssimas restrições, quase que intransponíveis, por exemplo em relação ao governo Trump, nos EUA, passamos a perceber que esses economistas, os bambambans do assunto, estão equivocados. A banda não toca assim.

Fonte: Mais RO com informações do Rondônia Dinâmica