IRMÃO DE OSCAR ANDRADE É PROCURADO PELA POLÍCIA FEDERAL

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CLESIOBRASÍLIA — Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios cumpriu 18 mandados de prisão, buscas e apreensões e de condução coercitiva só nesta sexta-feira. A Polícia Civil informou que entre os envolvidos está o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o ex-senador Clésio Andrade (PSDB), irmão do ex-deputado federal Oscar Andrade, de Rondônia.

O caso dele é de prisão temporária. A polícia informou que, até o momento, Clésio não foi localizado. Clésio é um dos réus do processo do Mensalão Tucano, esquema de desvio de recursos públicos para a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) em 1998.

A busca se deu na sua residência, em Belo Horizonte (MG). Segundo o Ministério Público, o caso envolve organização criminosa instalada na direção do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizado do Transporte), que, nos últimos anos, teria desviado recursos das entidades — os integrantes do chamado Sistema S. A operação, batizada de São Cristóvão, já cumpriu, ao todo, 21 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão temporária e 24 conduções coercitivas de suspeitos.

O sistema S se mantém de recursos advindos de contribuições fiscais das empresas. Segundo as investigações, os desvios ocorriam por meio do recebimento de vultuosas quantias pelos dirigentes do Sest/Senat a título de gratificação. Mesmo presas temporariamente, essas pessoas são presumidamente inocentes, ressalta o Ministério Público, até prova em contrário.

Em abril, Clésio Andrade anunciou a desistência da pré-candidatura ao governo de Minas. Na época, o partido alegou que o político aceitou a decisão da legenda, que desejava se coligar ao PT, cujo candidato é Fernando Pimentel.

Em abril, o portal G1 procurou representantes do senador para comentar a decisão. Elas não informaram se ela estaria ligada ao julgamento do mensalão tucano.

 

O Globo