Hospital de Base é referência em RO para partos considerados de alto risco

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Bianca nasceu na maternidade do Hospital de Base
Bianca nasceu na maternidade do Hospital de Base
Bianca nasceu na maternidade do Hospital de Base

O Hospital de Base Ary Pinheiro (HB), em Porto Velho, é referência em partos considerados de alto risco e que possui UTI Neo-Natal, atendendo a todo estado de Rondônia, sul do Amazonas, Acre e até Bolívia. Na unidade são realizados cerca de quatro mil partos ao ano, aproximadamente 350 ao mês. Em abril foram realizados 320 partos. A média é de 60% dos partos cesárias e 40% de partos normais.

Segundo o diretor clínico do Hospital, médico Rodrigo Bastos,  os atendimentos preventivos e pré-natais devem ser realizados pelo município, que, segundo ele, “deveria ampliar os serviços para evitar que a gestante chegue ao Base já com complicações”. Para ele, com os exames preventivos, o médico consegue já constatar se há algum problema com a gestante ou com o bebê.

Bastos aponta como principais causas de partos emergenciais casos de eclampsia (pressão alta), diabetes gestacional e a má formação fetal, “problemas facilmente detectáveis no pré-natal”.

O Centro Obstétrico do Hospital de Base possui duas salas cirúrgicas, 11 leitos e uma sala de reanimação neonatal; conta com três obstetras, dois anestesistas e um neonatologista 24h de plantão. Além disso, a maternidade possui 45 leitos e uma UTI neonatal com capacidade para 25 leitos.

Rodrigo Bastos enfatiza para que as mães façam o pré-natal nas unidades básicas de saúde (UBS) e realizem todos os exames, pois o HB é direcionado para os casos de alto risco. Porém, muitas vezes, o que acontece, segundo ele, é a gestante entrar na maternidade municipal e ser conduzida ao Hospital de Base, por não realizar o pré-natal, porque, neste caso, “é considerado parto de risco e acaba ocupando uma vaga nos leitos que poderia ser resolvido na maternidade”.

Rodrigo Bastos, diretor clínico do HB

Além disso, a unidade hospitalar já está com projeto de reforma em fase final de análise junto ao Deosp, cujo centro obstétrico será adequado ao que preconiza o Ministério da Saúde, com relação à estrutura e aos equipamentos.

O diretor clínico também lembrou do apoio que o governo do estado tem dado as gestantes por intermédio do Grupamento de Operações Aéreas, socorrendo parturientes em risco em várias partes do estado como ocorreu recentemente com o caso da grávida que deu à luz em pleno voo vindo de Guajará-Mirim e outra que veio de Cacoal e recebeu atendimento no Base e teve gêmeos.

REDE CEGONHA

O Ministério da Saúde criou e inseriu Rondônia no programa Rede Cegonha, que busca a humanização dos partos, cujo objetivo principal é o de reduzir o número de cesárias. Neste programa, médicos e enfermeiros passam por treinamento constante e reuniões semanais com este objetivo de desenvolver o parto normal, o acompanhante na hora do parto, a 1ª mamada e o contato pele a pele.

ESCOLA

O diretor clínico também enfatiza que o Hospital de Base possui programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, contando hoje com 14 médicos cursando a residência, sendo 6 R1 (1º ano), 4 R2 (2º ano) e 4 R3 (3º ano).

Também está em fase de finalização a documentação, junto ao Ministério da Educação (MEC), que credenciará definitivamente o HB como Hospital Escola na área.


Fonte
Texto: Geovani berno
Fotos: Esio Mendes e Daiane Mendonça
Decom – Governo de Rondônia