Grávida de oito meses é exonerada após críticas a museu de Rondônia

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Críticas ao museu rende exoneração de diretora

PORTO VELHO- Uma entrevista concedida ao G1 no dia 4 de setembro, rendeu a exoneração de Ednair Nascimento, do cargo de diretora do Museu da Memória Rondoniense no dia seguinte. O museu que funciona desde setembro de 2015 nas instalações do antigo Palácio Getúlio Vargas, em Porto Velho, enfrenta problemas estruturais. O local reúne o maior acervo do estado. As dificuldades para aprovar uma licitação para adaptação estrutural do prédio têm contribuído para a degradação do espaço, que registra a história do estado. Ednair que falou apenas a verdade, foi exonerada pelo governador de Rondônia, Daniel Pereira (PSB), mesmo estando grávida de oito meses.

O assunto tomou conta das redes sociais desde ontem. No grupo do Whatsapp em apoio à candidatura a deputada estadual Luciana Oliveira (PSB), a própria se manifestou:”Acho que a decisão extrapola as normas. É absolutamente inaceitável por todo ângulo ético e moral que se olhe.  Estou fora. Estivesse aí, estaria repudiando esse ato de censura e assédio moral”, disse Luciana. Outro concordou com a exoneração: “Nesse tipo de função a manutenção no cargo está sujeita ao detentor do voto dado pela população. À sua discricionariedade”, escreveu Antônio Carlos.

“L A M E N T Á V E L a forma como o Governo de Rondônia trata os gestores de cultura no nosso estado! Exoneraram a diretora do Museu da Memória Rondoniense (que está GRÁVIDA!) por causa de uma declaração que ela deu em uma entrevista (com muito conhecimento de causa, diga-se) sobre os problemas estruturais sofridos pelo Museu que ela administra(va). A matéria que contém a entrevista (feita logo após o incêndio do Museu Nacional e publicada em 04 de setembro), é essa: https://g1.globo.com/…/com-maior-acervo-do-estado-museu-da-… Esse print aí da foto (abaixo) é uma publicação do Diário Oficial de hoje (dia 10), onde consta a exoneração (demissão) da servidora estadual Ednair Nascimento, que exercia o cargo de Diretora responsável pelo Museu da Memória Rondoniense (ali onde era o palácio do Governo antigamente). Por “coincidência”, ela deu a entrevista no dia 04/setembro e foi exonerada em 05/setembro. Até quando os cargos da cultura de Rondônia vão ser moeda de troca? Até quando os gestores públicos de cultura vão ser descartados e ter seus trabalhos interrompidos?”, postou Neurimar Pereira.

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Fonte: Mais RO com G1