Processo de destituição, aberto na semana passada, deve ser votado pelo Congresso na sexta-feira.
O governo do presidente Martín Vizcarra recorreu ao Tribunal Constitucional do Peru, nesta segunda-feira (14), para paralisar o processo de impeachment contra o chefe do executivo, segundo a agência France Presse. O processo de destituição, aberto na semana passada, deve ser votado pelo Congresso na sexta-feira (18).
“Procedeu-se à apresentação da demanda de competência do Poder Executivo contra o Congresso. Existe um uso indevido do Congresso da faculdade para declarar a ‘incapacidade moral’ do presidente”, disse o procurador de temas constitucionais do Ministério de Justiça, Luis Alberto Huerta.
A tentativa liderada pela oposição para remover o presidente peruano perdeu força no domingo (13). César Acuña, chefe do segundo maior partido no Congresso e possível candidato nas eleições presidenciais de 2021, disse que uma derrubada de Vizcarra “só poderia agravar” a situação atual do país, já fragilizado pelo impacto da crise provocada pelo novo coronavírus.
“Seria absolutamente desnecessário e impertinente forçar uma vacância presidencial por parte do Congresso. Isso só poderia agravar a crise política e de saúde em curso”, tuitou Acuña, empresário que possui várias universidades privadas.
Outros nomes da política peruana, incluindo Keiko Fujimori, líder da terceira força no Congresso, e Julio Guzmán, do centrista Partido Roxo, distanciaram-se da tentativa de impeachment e sugeriram que Vizcarra deveria ser investigado quando seu mandato terminar.