Governo da Cooperação leva “Água para Todos” a 200 famílias no Vale do Guaporé

0
505

coorde

Terminou nesta segunda-feira (24) o ciclo de reuniões da Coordenadoria Estadual do Programa “Água para Todos” com as comunidades contempladas no Vale do Guaporé para constituição das comissões comunitárias de acompanhamento do programa na região.

De acordo com o coordenador do programa em Rondônia, Natan Oliveira, o objetivo é garantir o acesso à água para as populações rurais dispersas e em situação de extrema pobreza, seja para o consumo próprio ou para a produção de alimentos e a criação de animais.

Em cada localidade é selecionada uma área de 10 metros por 6 metros onde será perfurado um poço de 150 metros de profundidade para captação da água. Caso a área não pertença ao poder público, o cedente deve fazer um termo de doação para manter o caráter comunitário da benfeitoria.

Além de São Francisco do Guaporé e Costa Marques, os municípios de Porto Velho e Urupá também foram contemplados com o  “Água para Todos” em Rondônia. Com recursos na ordem de R$ 16 milhões, o Governo do Estado entrou com uma contrapartida de 10% do valor total, além da coordenação, execução e fiscalização das obras.

Natan Oliveira destaca que essa demanda nasceu no Estado durante as discussões do Plano Plurianual (PPA) em 2011. “Assim, a inclusão da segurança hídrica como prioridade dessas comunidades levou o Governo da Cooperação a pleitear junto ao Ministério da Integração Nacional a inserção de Rondônia no programa”, explica o coordenador.

O Programa “Água para Todos” integra o Plano “Brasil Sem Miséria”, que foi concebido a partir da necessidade de se universalizar o acesso e uso de água para populações carentes, residentes em comunidades rurais não atendidas por este serviço público essencial.

braulioBraulio Freitas de Souza, 67, morador do distrito do Porto Murtinho desde 1949 é um dos que mais batalhou pela obtenção desse sistema de abastecimento de água para a comunidade. Ele explica que foi em várias reuniões nos últimos anos e que culminou na audiência do PPA em 2011.

“De primeiro, a gente não acreditava muito que iriam construir esse poço aqui para a gente, mas, fomos batalhando, fomos discutindo e participando de todas as reuniões que a gente podia e está aí, agora é uma realidade que está aparecendo. Hoje trouxeram o geólogo com o GPS para fazer o georreferenciamento de onde vai ser o poço e logo a gente vai ter água tratada para beber em casa”, destaca Braulio de Souza.

Ele ainda reforça que a construção de um sistema de abastecimento de água foi colocada como prioridade porque é uma questão de saúde, “porque saúde não é só ter postinho e médico e enfermeiro, é ter a água tratada para não ter criança com verme, não ter velho doente, então é saúde também”.

Na reunião com os moradores do Porto Murtinho, a comunidade colocou em pauta que há uns dois anos agentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) fizeram testes na água dos poços caseiros e que foi detectada a presença de elementos poluentes, não estando plenamente própria para o consumo.

Uma comissão comunitária de acompanhamento do programa foi eleita com três membros, sendo um deles a Agente Comunitária de Saúde da localidade, atendendo às diretrizes federais do programa.

Texto e fotos: Luiz Augusto Rocha
Assessoria Regional de São Francisco
Decom – Governo de Rondônia