Funcionários da Ceron temem que Energisa tire direitos no próximo acordo coletivo

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No Mato Grosso funcionários fizeram enterro simbólico da Energisa

PORTO VELHO- “Após adquirir direito à aposentadoria integral, a Energisa Mato Grosso se reserva no direito de efetuar a dispensa do empregado, ainda que este não tenha solicitado o benefício de aposentadoria junto ao INSS”, diz acordo coletivo firmado entre a Energisa Mato Grosso e os funcionários da empresa, para o biênio 2016-2018. “O empregado aposentado poderá ser dispensado normalmente, nos termos da legislação”, complementa o acordo.  Os funcionários da Energisa Rondônia temem que esse termo seja incluído no primeiro acordo coletivo que será firmado a partir de 30 de abril, quando termina o firmado com a antiga Ceron. Os funcionários da Energisa Rondônia temem também que várias vantagens conquistadas no atual acordo, sejam retiradas pela nova empresa no novo acordo coletivo.

No acordo firmado no Mato Grosso, a Energisa se compromete a não efetuar desligamentos sem justa causa de empregados que comprovem, por meio de sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), perante a empresa, estarem a menos de 01 (um) ano da obtenção do direito à aposentadoria integral por tempo de contribuição, considerando, para tanto, 35 anos para os homens, 30 anos para as mulheres e 25 anos
para os casos de aposentadoria especial.

Greve no Mato Grosso

No final do ano passado os trabalhadores da Energisa-MS ameaçaram entrar em greve, caso a concessionária de energia elétrica não concedesse reajuste salarial acima da inflação para categoria. Conforme informações do sindicato local (Sinergia-MS-Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul), as principais reivindicações dos trabalhadores são manutenção de todos os direitos adquiridos; reposição da inflação + 1,5% de ganho real no salário; e 6% de reajuste nos tíquetes. O sindicato exige ainda o fim da pressão excessiva por resultados e um Plano de Cargos e Salários (PCS) transparente e justo. Também questionam mudanças no banco de horas e em outras cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho.

O sindicato alega que a Energisa teve lucro líquido de R$ 115,5 milhões nos primeiros 9 meses de 2018, o que representa aumento de 96,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Além de ter feito a revisão tarifária aos consumidores: 10,65% para os consumidores de baixa tensão e 7,91% para os consumidores de média e alta tensão.

Já foram realizadas seis rodadas de negociação com a empresa e não há acordo até o momento. A Energisa Mato Grosso informou que a concessionária está aberta ao diálogo. (Nota na íntegra)

A Energisa informa que o acordo coletivo é um processo negocial anual que acontece entre a entidade sindical e a empresa, buscando atender os interesses dos colaboradores e o equilíbrio econômico-financeiro da companhia.

Vale ressaltar que a concessionária está sempre aberta ao diálogo e trabalha com responsabilidade, garantindo o bem-estar dos seus colaboradores, a exemplo da pesquisa de clima realizada neste ano pelo Instituto GPTW (Great Place to Work) – internacionalmente reconhecido – onde a Energisa MS atingiu o índice de 79,01% de confiança, consolidando-se como uma excelente empresa para se trabalhar, com um ambiente de trabalho saudável e colaborativo.

A Energisa possui a concessão de um serviço público federal considerado essencial para toda a população e reforça que, tem garantido por lei o efetivo mínimo de colaboradores que viabilize o pleno atendimento à sociedade sem colocar em risco o serviço prestado pela distribuidora, garantindo a segurança dos colaboradores e clientes.