Festas de fim de ano devem ter no máximo 15 pessoas em local aberto, diz especialista

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O aumento de casos no Brasil da cepa H3N2 do vírus Influenza da gripe ao longo do mês de dezembro, somado ao avanço da variante Ômicron, que já tem ao menos 40 casos registrados no país, geram preocupação a respeito das aglomerações que devem acontecer por causa do Natal e Réveillon.

A infectologista e professora da Unicamp, Raquel Stucchi, comentou que, até o dia 24 de novembro, estariam “praticamente liberadas” as reuniões de fim de ano entre pessoas vacinadas.

“Em 24 de novembro, a Ômicron chegou. Logo depois, os casos de gripe começaram a preocupar a todos”, relembra.

A especialista destaca que, na atual situação, os encontros até podem acontecer, mas com algumas condições.

“Reunir 50 pessoas que não encontramos há dois ainda não podemos”, pontua. A professora explica que as festas devem reunir de 10 a 15 pessoas no máximo.

Ela também pede que seja feito, nos encontros familiares, um controle semelhante ao passaporte vacinal, para que todos os presentes estejam vacinados.

Além disso, Raquel comenta que as festas precisam acontecer em ambientes abertos e ventilados.

“Muito cuidado com as pessoas que respondem pior à vacina: crianças, os idosos, imunossuprimidos, que podem ter quadros mais graves”, disse.

Ela destaca que “os extremos de idade” e as pessoas com comorbidades representam a maior parte das hospitalizações por gripe e Covid-19.

A professora também afirma que é importante um automonitoramento. “Se amanhecerem com dor de garganta, nariz entupido ou febre, fiquem em casa. Não vão se expor em reuniões de pessoas”, pontuou.

Ela reforça que a diferenciação de diagnóstico entre gripe e Covid-19 só pode ser garantido com testagem – neste caso, o teste de Covid-19, que está mais disponível nos municípios.

“É obrigatório fazer teste de Covid-19 em todo mundo que tenha sintomas gripais, porque não tem outra forma. Bater o martelo [se é gripe ou Covid] só com o exame”, concluiu.

Fonte: CNN Brasil