Feira da Manaus Moderna registra aglomeração e intenso fluxo de clientes

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Feira em Manaus tem aglomeração na manhã deste sábado (30). — Foto: Rede Amazônica

Na manhã deste sábado (30), a feira da Manaus Moderna, no Centro da capital, registrou aglomeração e fluxo intenso de clientes. Os estabelecimentos podem funcionar de 4h às 10h, como medida restritiva contra a Covid, mas muitas pessoas foram flagradas ignorando uso de máscaras e regras de distanciamento.

A partir de segunda (1º), as feiras terão o funcionamento permitido de 4h às 15h. O governo prorrogou, até 7 de fevereiro, restrição na circulação de pessoas e fechamento do comércio não essencial.

O Estado enfrenta um novo surto de Covid, e sofre com colapso no sistema de saúde. Até esta sexta-feira (29), mais de 7,7 mil pessoas morreram por complicações da doença desde o começo da pandemia no estado.

Na Avenida Lourenço da Silva Braga, os carros estacionados em fila dupla mostram um sábado bastante movimentado. Por conta do fechamento mais cedo, muita gente correu para não perder as compras.

A técnica em Enfermagem Mariza Oliveira acredita que, a partir de segunda-feira, com mais tempo para abertura das feiras, a circulação de pessoas no mesmo horário deverá diminuir.

“Eu vim mais cedo pelo costume mesmo, mas é melhor um horário um pouco mais ampliado. Fechou aqui e ali ficava tudo aberto, não adiantou nada. Para os pobres coitado do mercado, que paga aluguel, que não vende seu produto, ficou ruim demais”, disse.

O feirante Francisco General também aprovou a mudança no horário estendido. “Fica melhor. Fica melhor porque estava muito em cima, quando a gente queria vender, já era de fechar e ninguém podia fazer nada”, disse.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) informou que a Polícia Militar responsável pela região faz a fiscalização para o fechamento do espaço. “Lembramos que as feiras estão permitidas, dentro de horários definidos no decreto”, diz a nota.

AM voltou a ter colapso na pandemia

Até sexta-feira (29), mais de 261 mil casos de Covid foram confirmados no Amazonas, e mais de 7,7 mil pessoas morreram com a doença desde o começo da pandemia. Atualmente, mais de 2 mil pessoas estão internadas com a doença.

O mês de janeiro deste ano já tem o maior número de novas internações por Covid desde o começo da pandemia. Até então, abril e maio registravam os recordes da doença, quando o estado passou pela primeira onda.

Na época, também houve colapso no sistema público de saúde e, ainda, no sistema funerário. O número de mortes em Manaus ficou 108% acima da média histórica e caixões chegaram a ser enterrados empilhados e em valas comuns na capital.

O governo afirmou que, entre o fim de outubro e início de novembro, ampliou em 155% o número de leitos exclusivos para pacientes com Covid. Porém, a quantidade de novos casos foi tão alta que nem essa ampliação conseguiu atender os doentes.

Nos dias 14 e 15 deste mês, Manaus viveu tristes cenas de caos na Saúde por conta de falta de oxigênio nos hospitais. O governo informou que a média de 30 m³ subiu para 70³ em poucos dias, e ultrapassou a capacidade de fornecimento da empresa contratada.

Fonte: G1