FÁTIMA GAVIOLI RECHAÇOU MILITARIZAR ESCOLAS EM RONDÔNIA E FOI EXONERADA

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O deputado Jesuíno Boabaid não conseguiu a atenção da ex-secretária de Estado da Educação Fátima Gavioli

BRASÍLIA- A ex-secretaria da Educação de Rondônia, Fátima Gavioli, respondeu nas redes sociais que não apoiou a militarização das escolas públicas do estado. Muito pelo contrário. “Comigo não prosperou na ideia. Não militarizei nenhuma escola durante minha gestão. Lutei para valorizar a escola pública e seus funcionários. Acredito que quem melhora a educação é quem estuda para isso. O JN está semana mostrou as melhores escolas do Brasil. Nao tinha nenhuma militarizada”, disse ela, referindo-se a uma reportagem publicada há um ano pelo Mais RO. Leia aqui: Deputado de Rondônia quer militarização das escolas em Porto Velho.

Dois meses após ela rechaçar a militarização das escolas públicas do Estado, Fátima Gavioli foi exonerada, No dia 5 de janeiro de 2017 assumiu Florisvaldo Alves, o Valdo. Na ocasião, Gavioli disse: “Estou voltando para minha regional, Cacoal, e vou assumir os trabalhos da Secretaria de Educação local. Só tenho a agradecer a tudo que me foi concedido para trabalhar, foram muitos projetos que deram certo e agora assume uma pessoa extremamente humana”. Valdo acatou a ideia do deputado Jesuíno Boabaid e começou o ciclo de militarização das escolas.

Absurdo

Fátima Gavioli achou absurdo as “normas” impostas pela militarização das escolas. Vejam só: O corte de cabelo masculino será feito com máquina 2, e refeito de 15 em 15 dias. Não será permitido barba, bigode ou cavanhaque, brinco, piercing nem óculos escuros. Guarda-chuva, somente na cor preta. Os cabelos femininos podem ficar soltos, contanto que não ultrapassem a altura da gola do uniforme. Se médio ou longo, deve ser preso. Mechas coloridas são proibidas. As unhas devem ser incolores ou pintadas apenas nas cores branca e rosa-clara. Ao cruzarem com um professor, diretor ou monitor, os alunos devem prestar continência. Namorar, beijar, andar abraçado ou de mãos dadas é considerado transgressão disciplinar e os pais são chamados.

Fátima Gavioli é filiada ao PDT e vai apoiar, claro, Acir Gurgacz ao governo de Rondônia. Ela deverá disputar uma vaga de deputada federal.

Fonte: Mais RO