Fátima Cleide pede agilização das obras do Centro de Convivência do Idoso de Porto Velho

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Situação da piscina do CCI

PORTO VELHO- Parentes e usuários do Centro de Convivência do Idoso (CCI), de Porto Velho, denunciam total abandono do equipamento construído com emendas da ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO). A prefeitura de Porto Velho garante que está realizando reformas e que vai entregar em breve o equipamento para os usuários.

“A prefeitura de Porto Velho está perto de finalizar as obras no Centro de Convivência do Idoso (CCI). Nesta segunda-feira (10), o secretário municipal de Assistência Social e Família, Claudi Rocha, acompanhado da diretora de Proteção Social Básica (DPSB), Adriane Soares e a gerente do CCI, Rosecleia Botelho, se reuniram com a presidente do Conselho Municipal do Idoso (CMI), Eledir Mello, e a vice-presidente, Vanusa Soares, para tratar sobre o andamento da obra, que deve ser entregue em breve”, diz release da prefeitura.

Claudi Rocha, secretário da Semasf, atentou que a finalização da obra no CCI, não vai possibilitar a retomada imediata das atividades presenciais para os idosos nesse momento, uma vez que os casos de covid voltaram a disparar em todo Brasil diante do avanço da variante ômicron.

“A obra visa a melhor oferta do serviço no âmbito da Proteção Social Básica; que mantém seu compromisso em também resguardar aos idosos quanto à situação pandêmica que assola o país, acrescida também do surto de gripe”, informou a diretora do DPSB, Adriane Soares.

Ex-senadora faz apelo

“Uma das mais importantes missões do exercício da vida pública é ter a oportunidade de trabalhar para que todas as pessoas, independentemente de faixa etária, gênero, raça, religião, escolaridade ou condição social sejam respeitadas pelo poder público e beneficiadas por meio de políticas públicas” diz em artigo publicado nas redes sociais.

“As políticas públicas devem ser o resultado da definição de ações a serem desenvolvidas de forma que o orçamento público se reverta em atendimento às demandas da sociedade. Afinal, esse é o objetivo maior, ou pelo deveria ser, do recolhimento dos impostos que pagamos; uns, mais e outros, menos.

A ação social do Poder Público deve considerar que as pessoas têm necessidades diferenciadas nas diversas etapas da vida, desde antes de nascer (Planejamento familiar, Pré Natal etc.) até o findar de suas existências.

Como sempre digo – e não canso de repetir -, graças à generosidade do povo de Rondônia, tive a oportunidade de exercer o mandato de senadora da República, ao ser eleita em 2002. Até hoje, muito me honra olhar para trás e ver que as decisões que tomei à frente daquele mandato, consideraram as demandas sociais do povo do Estado.
Muitas delas podem ser constatadas nos 52 municípios do nosso Estado, os quais abracei e, com base em muitas de suas demandas, tomei decisões que até hoje se mantêm registradas na memória de gestores públicos e na das populações beneficiadas por estas decisões, que foram transformadas em ações sociais.

“Respeitar a pessoa idosa é tratar o próprio futuro com respeito”
Fátima Cleide

Em minha cidade, Porto Velho, Capital do Estado, podem ser constatadas ações sociais, que são fruto de decisões que tomei durante meu mandato e que, até hoje, contribuem com a vida de muitas pessoas, desde seu nascimento. Alguns exemplos, foram a construção e estruturação da maternidade Mãe Esperança, do Lar do bebê, da Casa Abrigo – para acolher mulheres vítimas de violência – e do Centro de Convivência do Idoso (CCI), entre outros, que contaram com minha contribuição direta, por meio de emendas.
Por isso, quero tratar aqui da tristeza que senti ao assistir na mídia local, reportagens com denúncias de usuários do Centro de Convivência do Idoso de Porto Velho, que reclamam do descaso, por parte do poder público municipal, com este equipamento público, que surgiu de uma demanda social.

Não posso omitir que parte de minha tristeza, se deve ao fato de o Centro de Convivência do Idoso de Porto Velho ser uma das obras pela qual me empenhei para garantir no Orçamento da União, recursos para efetivar sua construção. Mas, lamento, mais ainda, pela perda de seus beneficiados, que passam a não dispor das políticas sociais a quem têm direito. Isso é lamentável!

Antes da construção e implementação do CCI de Porto Velho, o atendimento do município às pessoas idosas era feito através da “Casa do Vovô e da Vovó”, e de projetos de iniciativa do SESC-RO destinados à terceira idade. Com a construção do CCI da capital, o município passou a contar com um espaço voltado a valorizar a pessoa idosa, proporcionando a esta considerável parcela da população, lazer e entretenimento.

A pandemia da Covid-19 revelou gestores descomprometidos com a manutenção do espaço e com a adoção de políticas de assistência aos idosos no âmbito do Poder Municipal. A pandemia se tornou a grande desculpa para o abandono da estrutura que, conforme comprovam vídeos dos denunciantes, se encontra em estado de precariedade, o que inviabiliza o uso daquele espaço por parte de seus usuários.

Neste início de ano, já devidamente vacinados, os idosos querem de volta seu espaço de convivência social. No entanto, longe de parecer uma construção recente, o CCI de Porto Velho é o retrato do abandonado e do descaso do poder público com um equipamento, oriundo de uma demanda da sociedade.

A vida é para ser vivida aqui e agora, por todas as pessoas e em cada ciclo dela. Nas condições pandêmicas atuais, a vida segue e precisa ser usufruída de outras formas, porém, sempre na plenitude do possível, para o que, medidas sanitárias foram definidas e podem ser implementadas no CCI da capital, de modo a garantir aos seus usuários direito de viverem a vida com segurança.

No município de Teixerópolis, por exemplo, que tem um dos menores orçamentos do Estado, a gestão trata seus idosos de forma bem diferente. Lá a pandemia também fechou o CCI, porém a estrutura se mantém cuidada e as políticas de atendimento aos idosos não cessaram, pois a administração adotou a visita domiciliar como forma de se manter próxima aos usuários. Isto é uma demonstração clara de respeito e cuidado com essa parcela tão importante da sociedade local.

No caso do CCI de Porto Velho, parabenizo os usuários pela coragem de denunciar e cobrar do poder público respeito às suas vidas. Torço para que suas reivindicações encontrem audiência no âmbito da Secretaria de Ação Social, pois atendê-las se faz urgente, e recursos existem, devendo o Conselho da Pessoa Idosa comprovar isso.
Que os nossos dirigentes políticos e gestores públicos ouçam as vozes que gritam por atenção e reformem imediatamente a estrutura física do CCI de Porto Velho. Ademias, é preciso respeito com aqueles que já deram sua contribuição para a construção da nossa cidade. Afinal, “respeitar a pessoa idosa é tratar o próprio futuro com respeito”.

Da Fátima Cleide, ex-senadora e servidora pública

Fonte: Mais Rondônia