EXPEDITO JÚNIOR COMETEU MAIOR ESCÂNDALO DE COMPRA DE VOTO JÁ REGISTRADO EM RONDÔNIA

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aecioEnvolvido no maior escândalo de corrupção eleitoral que se tem notícia na história de Rondônia, Expedito Júnior (PR) foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral. A decisão de cassar Expedito foi unânime: sete a zero. Os membros da Corte votaram com o relator do processo, juiz Élcio Arruda, que fez uma exposição minuciosa da ação criminosa que resultou na corrupção de quase mil empregados da empresa Rocha Vigilância para votarem em Expedito, no governador Ivo Cassol (PPS), em Val Ferreira, mulher do senador, e José Antônio, irmão deste.

Segundo o entendimento do TRE, o caso não envolveu apenas compra de voto, mas também utilização da Polícia Civil de Rondônia e do aparato do Estado para ameaçar, coagir e intimidar testemunhas.

O procurador regional eleitoral, Reginaldo Pereira da Trindade, ao defender a cassação do mandato de Expedito Júnior, classificou como “primário” o esquema montado para comprar votos que beneficiaram o senador, o governador, Val e Zé Antônio. Segundo ele, pessoas ligadas ao senador depositaram R$ 100 na conta de 959 funcionários da Rocha Vigilância, de propriedade de Irineu Gonçalves, de irmão de Expedito, para que estes votassem nos candidatos previamente indicados.

Reginaldo Pereira da Trindade lembrou que, para tentar encobrir o crime, foi montada a chamada Operação Cabo Reis, em alusão ao laranja Carlos dos Reis Batista que foi usado para assumir a responsabilidade pela suposta contratação dos funcionários como formiguinhas para sua campanha a deputado estadual.

Lotado no Palácio Presidente Vargas, o cabo da Polícia Militar de Rondônia recebeu R$ 170 mil em doações de campanha de empresários como Liborio Iroshi Takeda. Ocorre que Reis teve apenas 40 votos, apesar de, supostamente, ter contratado 959formiguinhas.

Cabo Reis (revelou o procurador regional eleitoral) trabalhava, na verdade, com Val Ferreira, mulher do senador. Descobriu-se esta ligação durante a análise da prestação de contas da candidata, onde aparecem pagamentos de R$ 3.300,00 efetuados ao cabo da PM. “A votação dele (do cabo Reis) foi risível e ridícula”, definiu o procurador.
Reginaldo Pereira da Trindade definiu o esquema montado para favorecer Expedito Júnior e Ivo Cassol como “o mais grave escândalo eleitoral na história do Estado”.

Por último, ele conclamou os membros do TRE a cassarem Expedito. “Se a Corte chancelar essa sem-vergonhice corre-se o risco do descrédito junto à população”