Exército acusa Folha de São Paulo e aponta várias mentiras sobre ação da Força em São Gabriel (AM)

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O Comando Militar da Amazônia (CMA) divulgou nota contestando matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, com o título “Exército controla a vida civil no município de São Gabriel da Cachoeira”, AM, na região da Cabeça do Cachorro, fronteira brasileira com a Venezuela e a Colômbia. A matéria foi publicada na noite de domingo, 9 de maio. Veja os esclarecimentos, ponto a ponto.

TENDENCIOSA

Sobre a afirmação de que “Na cidade mais indígena do Brasil, Exército ocupa e domina vida civil”, o CMA considera a manchete tendenciosa e justifica:
“O que acontece, neste, como em outros municípios, é que o Exército Brasileiro, há muitos anos, leva a presença do Estado onde este ainda não chegou.

ELOGIO

“O fato de dizer que o único hospital da cidade é administrado pelo Exército Brasileiro, pode até ser considerado um elogio, pois este hospital atende pelo SUS à toda a população civil da cidade.

DESCONHECIMENTO

Ao atribuir o comando atual do CMA há um general que esteve à frente da organização militar até 2016, diz a nota: “A falta de conhecimento sobre o conteúdo é tão nítido que até mesmo o nome do atual Comandante Militar da Amazônia foi publicado como Guilherme Theophilo Gaspar de Oliveira, que deixou este Comando em abril de 2016, há 5 anos atrás”.
E continua apontando mais um erro, porque ao soli citar outra entrevista com o CMA, inseriu ainda a foto daquele comandante.

ACIDENTE

A reportagem citou ainda o fato de um integrante da corporação ter provocado um acidente b\atendo em um poste. O exército rebate: “O acidente automobilístico citado foi tratado disciplinarmente, à luz do Regulamento Disciplinar do Exército. O fato de um cidadão bater em um poste é um acidente que não caracteriza crime militar, portanto pode e deve ser apurado pelas autoridades civis competentes.

FALTA DE LUZ
“Quanto à falta de energia, reforçamos que no município de São Gabriel é recorrente. Uma das principais causas observadas refere-se às intempéries da natureza, como por exemplo: queda de árvores nas linhas de transmissão, durante o período das chuvas.

FALTA DE LUZ E DOENTES
Com o acidente houve falta de energia elétrica. Diz a nota do CMA: “Na noite de 30 de janeiro de 2021 (como cita a reportagem), houve a interrupção do fornecimento de energia por cerca de 4 horas e 30 minutos. No momento, havia 29 (vinte e nove) pacientes internados. Destes, 19 (dezenove) possuíam o diagnóstico relacionado à COVID-19.

GERADOR PRÓPRIO

Esse acidente prejudicou o atendimento no Hospital? O CMA explica que não: “Como o Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira possui um gerador de energia elétrica, e uma usina de oxigênio, além de estoque de cilindros de oxigênio (no dia 30 de janeiro, havia 27 cilindros em condições de uso imediato, além de 157 plenos, em estoque), não houve nenhum prejuízo ao atendimento normal e rotineiro dos pacientes internados. Dessa forma, apesar de ter havido o registro de um óbito no referido dia, o mesmo nada teve a ver com a falta de energia momentânea.

DATA FAKE

Conforme a afirmação do CMA a matéria teve mais um erro, ao citar que “as lideranças da FOIRN eram perseguidas e ameaçadas de serem surradas durante os governos militares”. Foirn significa “Federação das Organizaçôes Indígenas do Rio Negro”.
A nota do CMA conclui que até relativo à “Federação das Organizaçôes Indígenas do Rio Negro” também é fake, porque, de acordo com a data de criação da entidade, não há como citar espancamentos: “Cumpre esclarecer que a FOIRN, de acordo com sua página na INTERNET, foi criada em 1987, ou seja, período posterior aos governos militares”.

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