Exemplo: Escolas do DF recebem projeto de combate ao machismo

Alunos a partir dos 13 anos e da rede pública de ensino de Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Planaltina agora contam com uma nova ferramenta de combate à violência à mulher. O projeto Valorização das Mulheres e Combate ao Machismo nas Escolas teve início no dia 17, no Centro Educacional 2 de Sobradinho, e irá percorrer 18 unidades educacionais até março de 2022. A expectativa é que cinco mil estudantes sejam beneficiados.

A iniciativa é da Associação das Mulheres de Sobradinho II (AMS II), que por meio de termo de fomento com a Secretaria da Mulher, irá implementar ações pedagógicas presenciais e virtuais para toda a comunidade escolar, como oficinas, aulas de teatro, música, palestras e debates. De acordo com a entidade, o objetivo é combater a desigualdade de gênero e a objetificação da mulher, e reduzir os índices de violência doméstica, assédio e estupro.

“Com a pandemia, os índices da violência doméstica aumentaram ainda mais e esses problemas devem ser tratados nos setores de proteção, em suas organizações sociais, inclusive, no educacional, envolvendo toda comunidade escolar”, defende a associação.

Entre janeiro e junho deste ano, 7.869 mulheres foram agredidas psicologicamente, fisicamente ou sexualmente no Distrito Federal. De acordo com dados recentes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), das 33 regiões administrativas do DF, 14 registraram crescimento nos crimes cometidos contra as mulheres quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Educar para mudar

Ao todo serão desenvolvidas mais de 40 atividades nos períodos matutino, vespertino e noturno. Ou seja: serão contemplados todos os alunos da educação básica, Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.

As ações terão o apoio da plataforma Google Sala de Aula na reprodução de conteúdo audiovisual. Dentre os principais temas a serem explorados, estão a Violência Doméstica Contra Meninas e Mulheres; Machismo x Feminismo: Entenda as diferenças; e O machismo mata! Chega de feminicídio!.