“Eu vou viajar”, diz Dilma sobre restrição de aviões da FAB

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"É um escândalo que eu não possa viajar [...]Isso é grave", reclamou Dilma
“É um escândalo que eu não possa viajar […]Isso é grave”, reclamou Dilma
A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, contestou o parecer elaborado pela Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, que restringe o direito dela de usar o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que a tem transportado no último mês, desde que deixou o Palácio do Planalto. De acordo com o documento, a petista só pode usar as aeronaves oficiais para voos entre Brasília e Porto Alegre, onde sua família mora.

“É um escândalo que eu não possa viajar para o Rio, para o Pará, para o Ceará… Isso é grave”, reclamou. Dilma argumentou que não pode usar um voo comercial, por conta da sua segurança: “Eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a minha segurança, pela Constituição. É a Constituição que manda”.

Diante do impasse, a presidente afastada pede uma solução. “Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida. Eu vou viajar!”, garantiu Dilma em post no Facebook na tarde deste sábado, 4.

Benefício suspenso

Além da restrição no transporte aéreo de Dilma, a Secretaria de Governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) também tinha cortado o “cartão de suprimento” utilizado por ela. O benefício foi suspenso na última quarta, 1º, e só foi liberado novamente na noite desta sexta, 3, após questionamentos do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a coluna Painel, a Secretaria de Governo afirmou que estava aguardando um parecer jurídico sobre os direitos de Dilma.

O “cartão de suprimento” é utilizado para abastecer a despensa do Palácio da Alvorada, onde a petista está morando após ser afastada da Presidência. Além dela, cerca de outras 30 pessoas circulam na Alvorada.