ESBR QUER ANULAR DECISÃO DE JUIZ DO DF: EVACUAÇÃO TOTAL DO DISTRITO DE ABUNÃ

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PORTO VELHO- A respeito da publicação do Mais RO ( veja aqui) da decisão de um juiz de Brasília determinando a evacuação total do distrito de Abunã, a  Energia Sustentável do Brasil S.A. (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau, informa que: Estudos técnicos de alta qualidade, desenvolvidos por consultores independentes e especializados, com base nos monitoramentos realizados na bacia do Rio Madeira, demonstram que não existe a necessidade de relocação da comunidade de Abunã, pois a UHE Jirau não influencia o regime de cheias do Rio Madeira nesta localidade.

Desta forma, a ESBR está tomando todas as providências cabíveis para anular a decisão que determina a relocação de Abunã e para demonstrar que a medida imposta é desproporcional e desconsidera a realidade fática verificada periodicamente nos monitoramentos empreendidos pela Empresa e os estudos desenvolvidos. Paralelamente, em atendimento à decisão judicial, não transitada em julgado, a ESBR iniciou os trabalhos de cadastramento socioeconômico e de levantamento físico/fundiário em Abunã.

A UHE Jirau já dispõe de mapeamentos e registros históricos da ocupação desta localidade, existente há quase 100 anos, e que sempre conviveu com as cheias naturais do Rio Madeira. Desta forma, a realocação desnecessária de famílias causará transtornos e impactos sociais negativos para a comunidade, exigindo bastante cautela no seu tratamento. Por fim, ressaltamos que a foto divulgada na notícia do site Rondônia Dinâmica mostra o Bairro Triângulo, localizado na capital de Porto Velho, na ocasião da cheia histórica e excepcional de 2014, e não guarda qualquer relação e/ou semelhança com a situação de Abunã, distante 215 km da Capital.

REALIDADE

Segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o rio Madeira, na região do Abunã, está na marca de 20,19 metros. De acordo com a Defesa Civil, o nível do manancial pode variar alguns centímetros também conforme ajustes na vazão das águas das comportas das usinas existentes na região. As autoridades locais seguem em alerta, acompanhando de perto, de forma a identificar previamente caso haja um possível alagamento da BR-364.

Os órgãos governamentais, em conjunto com órgãos federais, traçaram um plano de contingência para evitar que as águas do rio Madeira invadam a rodovia. Em consonância com a diretoria das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, as comportas estão sendo abertas para evitar que o manancial do Rio Madeira tome parte da BR-364.