Em Rondônia, MST doa 3 mil quilos de alimentos para Fundação Casa e Apae

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Os 3 mil quilos de alimentos irão atingir cerca de 400 famílias em situações de vulnerabilidade só naquela região - Kellyto Trindade/MST

A ação faz parte de uma campanha de solidariedade do movimento que já distribuiu toneladas de alimentos pelo paísMTS

Na última quarta-feira (20), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apáe) e a Fundação Casa, ambos da cidade de Ji-Paraná, em Rondônia, receberam doações de alimentos de acampados do Movimento Rural dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

A ação faz parte de uma campanha de solidariedade do movimento que já distribuiu toneladas de alimentos pelo país, no contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus. De acordo com as duas organizações beneficiadas em Rondônia, os 3 mil quilos de alimentos irão atingir cerca de 400 famílias em situações de vulnerabilidade só naquela região.

Com as medidas de isolamento social necessárias para barrar o avanço da taxa de transmissão da covid-19, o MST acredita que as desigualdades sociais ficam expostas, como a dificuldade do acesso à alimentação saudável, com a diminuição da renda em muitas famílias.

Segundo Lidiane Tanazildo, assistente social da Secretaria Municipal de Assistência Social do Município de Ji-Paraná, “a demanda por cestas básicas quintuplicou na cidade neste período de pandemia. Neste sentido, a produção doada pelo MST chega em um momento crucial para atendimento das famílias”.

Na mesma linha, Margarete Porto, uma das coordenadoras do Centro de Referência Especializada Assistência Social, afirma que a “ação do MST é muito importante, pois geralmente a sociedade se esquece destes jovens e adolescentes, e essa falta de apoio não contribui para que os espaços que abrigam menores se tornem um ambiente de ressocialização”.

Não é a primeira ação do MST nesse sentido. Em abril, o movimento chegou a doar 500 toneladas pelo país durante uma campanha que durou duas semanas. No mesmo período, hospitais, asilos e famílias carentes do Paraná receberam mais de 45 toneladas de alimentos produzidos pelos camponeses sem-terra, entre grãos, frutas, legumes, tubérculos, folhosas, leite e mel.

No mesmo mês, as famílias do Assentamento Filhos de Sepé, de Viamão, na região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, distribuíram quase 600 quilos de alimentos da Reforma Agrária para indígenas e quilombolas da região.

Em Castro, no Paraná, três acampamentos doaram cinco toneladas de alimentos ao Centro de Referência de Assistência Social da região. Entre os alimentos, estão hortaliças, batata-doce, mandioca, milho verde e feijão, cultivados por 150 famílias dos dois acampamentos.

Já em Ponta Grossa, no mesmo estado, duas toneladas de produtos foram doadas ao Banco de Alimentos do Serviço de Obras Sociais (SOS), da prefeitura, entre arroz, feijão, mandioca, pepino e folhas, cultivados por 50 famílias residentes na comunidade Emiliano Zapata.

O que é coronavírus?

É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS) a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

 

Brasil de Fato