EM PORTO VELHO RIO MADEIRA ATINGE 19,20 M; EM GUAJARÁ, DESABRIGADOS VÃO SE ALOJAR NO TSUNAMI

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Em Porto Velho, milhares de famílias aguardam pelo pior para os próximos  dias . Hoje à tarde, o nível bateu mais um recorde, marcando pela régua da ANA (Agência Nacional de Águas) incríveis 19,20. A previsão é de chegar aos 20 metros até o final do mês.

Guajará
Dezenas de moradores de Guajará-Mirim que foram desabrigados pelas cheias do rio Mamoré enfrentam todos os tipos de dificuldades fora de seus lares de origem. Três famílias desabrigadas, encontraram abrigo num lugar, cujo nome daria arrepios, se não fosse apenas um clube. O Clube Tsunami, na Av. Dr. Lewerger, no Bairro Industrial, local onde funcionou durante anos o escritório das firmas do Grupo Bennesby, estão alojadas três famílias oriundas do Bairro do Triângulo. Mas, não é de graça. Elas vão pagar 260 por mês. Segundo os moradores, a Defesa Civil não comparece no local e não tem ajudado em absolutamente nada esses desabrigados.

ALAGA1Eles necessitam de ajuda para pagar o aluguel e também de cestas básicas para a alimentação diária. Pediram que nossa reportagem interceda por eles junto aos governantes.

ALAGA2Em situação mais humilhante encontra-se uma outra família que, não tendo para onde ir, improvisou uma barraca coberta com uma lona de plástico na Av. Manuel Murtinho, ao lado do prédio da antiga empresa Rondobor, também do Grupo Bennesby. Ali a família está em alojamento improvisado e armado debaixo de uma mangueira de grande porte que existe no local. Também nunca receberam a visita de um membro da Defesa Civil.

ALAGA3 Na manhã desta terça-feira, após visitar esses locais, nossa reportagem esteve no Gabinete do Prefeito Dúlcio da Silva Mendes (PT), no Palácio Pérola do Mamoré, e participou de parte de uma reunião entre o Prefeito e nove vereadores do Município tratando de assuntos relacionados às cheias e seus problemas do Rio Mamoré.

Na ocasião, manteve contatos com o Coordenador da Defesa Civil Municipal, Francisco Sanchez de Mendonça e o colocou a par da situação. Ele prometeu visitar as famílias e providenciar ajuda humanitária.

No Bairro do Triângulo, o mais atingido pela enchente, diversas casas já ostenta placas de venda. São moradores que sofrem com as cheias do Mamoré e agora colocam em prática o sonho de mudar de local.

 

ALAGA5Não obstante o cenário de penumbra e sofrimento dos moradores do bairro, o senhor Francisco Joaquim Filho, conhecido como Pitico, um dos pioneiros do Triângulo, afirmou que não saiu de sua casa, que fica na Av. Presidente Dutra entre a Princesa Isabel e Estevão Correia. A residência está coberta pelas águas, mas ele disse que não sai do local, por amor ao lugar e porque, segundo ele, se mudar os ladrões levam tudo da casa. Nesta segunda, 17, disse que teve a energia elétrica cortada pela Eletrobrás Distribuição Rondônia, antiga Ceron, mas nem assim deixará o local.

 

 Fonte: Maisro com Guajará Noticias