Em homenagem às crianças e às professoras mortas é imperativo que a Lei Contra as Fake News seja aprovada

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Por Roberto Kuppê (*)

Não confundir liberdade de expressão com autorização para mentir, espalhar notícias falsas (fake news). Desde o advento das redes  sociais e com muita força nas eleições de 2018 que criminosos travestidos de políticos têm lançado mão de informações falsas para denegrir a imagem de adversários e assim serem eleitos. Verdadeiros assassinos de reputação.

Nas eleições de 2018 as fake news tomaram conta das campanhas políticas, principalmente nas eleições presidenciais. A campanha do então candidato petista, Fernando Haddad, foi alvo das mais sórdidas notícias falsas, dentre elas a existência de um tal kit gay fortemente utilizada pela campanha de Jair Bolsonaro.

A campanha petista não conseguiu vencer às falsas informações e foi derrotada, elegendo o maior presidente mentiroso da história do Brasil. As consequências da eleição dele até hoje são lembradas com dor e muita tristeza. Toda a campanha dele foi baseada em mentiras e falácias. ” A mamata acabou”, “nova política”, “Centrão covil de ladrões”, “governo sem corrupção”, “Deus, Pátria e Família” era tudo fake news. O “deus” dele era o ouro; a pátria, a Arábia Saudita; e família, só a dele.

Não é só na política que o instituto das fake news tem destruído cidadãos e cidadãs. Uma mulher inocente foi brutalmente morta por populares em Guarujá, em maio de 2014. Fabiane Maria de Jesus foi reconhecida com o retrato falado de uma suposta sequestradora de crianças que praticava rituais de magia negra. Não era ela. Morreu inocentemente. Além de não ter sido Fabiane, a notícia era falsa. Não existia uma tal sequestradora de crianças em ação no Guarujá. Fake news mortal.

Durante a pandemia, as fake news foram responsáveis pela maioria das mortes. Muita gente deixou de se vacinar. Muita gente aderiu aos remédios divulgados pelo governo Bolsonaro. O ex-presidente foi o maior propagador de fake news durante a pandemia.

Portanto, é imperativo que o PL 2630 precisa ser aprovado na próxima semana pelo plenário da Câmara dos Deputados. O primeiro passo já foi dado. Foi aprovado ontem o regime de urgência para que o projeto de lei seja levado à votação sem discussão, que, aliás, já foi exaustivamente discutido e urge que seja aprovado à galope, devido às gravidades proporcionadas pelas fake news. Mérito do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira(PP-AL), que está limpando a biografia dele. Esperamos que continue assim.

A Câmara dos Deputados aprovou, por 238 votos a 192, o requerimento de urgência para o projeto de lei das fake news (PL 2630/20), que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. A votação da proposta está marcada para a próxima terça-feira, como anunciou o presidente da Câmara, Arthur Lira.  O relator da proposta, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), afirmou que a aprovação da urgência abre uma nova rodada de negociações. “É um esforço concentrado para uma nova rodada de conversas”, disse.

Nenhuma descrição de foto disponível.Em plena semana da discussão do PL das Fake News, um dos representantes da ala que defende a liberdade para mentir, o ex-membro do Ministério Público, hoje deputado federal, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), divulgou uma mentira em suas redes sociais de que o PL “censuraria” a Bíblia. Uma mentira (que tinha mais de 7 mil curtidas no meio da tarde), o conteúdo da desinformação assinado por Dallagnol inventa que trechos da Bíblia seriam “banidos” das redes.

O autor do projeto,  o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), foi às redes sociais para desmentir a fake news de Dallagnol sobre “censura à bíblia”. “É preciso ser muito canalha para criar uma fakenews envolvendo religião para atacar o PL 2630. É óbvio que nenhum trecho da Bíblia será censurado, basta ler o PL”, disparou o senador.

O chefe da secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, comemorou nesta terça-feira (25) que decisão de parlamentares da Câmara dos Deputados, que aprovaram o requerimento de urgência para ser votada na próxima terça-feira (2) o Projeto de Lei 2.630/2020, o “PL das Fake News – a proposta cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

“Por 238 votos a 192, os deputados e deputadas decidiram que o PL2630, que propõe regulação das plataformas digitais, precisa ser votado com urgência. A votação do projeto será na semana que vem. Estamos mais próximos de uma internet livre do ódio e da mentira”, reforçou o chefe da Secom.

Além de combater as fake news, o PL 2630 visa coibir as redes sociais de permitirem a disseminação de postagens de cunho racistas, homofóbicas e de ódio. Os ataques às escolas que estão assustando a população brasileira também estão no foco do projeto de lei. Crianças e professores mortos recentemente acenderam o sinal vermelho e por isso a Câmara dos Deputados precisa aprovar com urgência o PL 2630.

Quem votar contra o PL 2630 está conivente com terroristas, bandidos travestidos de políticos e responsáveis indiretamente pela morte de inocentes.

Com informações de Brasil 247

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