Em feito histórico, presidente da Fenajud protocola impeachment de Michel Temer

0
692
Documento assinado pelo presidente da Federação, Luiz Fernando Souza, foi entregue nesta quinta-feira (22) na Câmara dos Deputados, pela diretora Maria José Silva e pelos diretores, Ednaldo Martins e Roberto Eudes Fontenele
Documento assinado pelo presidente da Federação, Luiz Fernando Souza, foi entregue nesta quinta-feira (22) na Câmara dos Deputados, pela diretora Maria José Silva e pelos diretores, Ednaldo Martins e Roberto Eudes Fontenele

Os dirigentes da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados (Fenajud) protocolou nesta quinta-feira (22) na Câmara dos Deputados o impeachment de Michel Temer. No documento, o presidente entidade argumenta que Michel Temer cometeu crime de responsabilidade e faltou com o decoro ao receber no Palácio do Jaburu o empresário Joesley Batista, dono da JBS, um dos investigados na Operação Lava Jato.

O documento, assinado pelo presidente da Fenajud, Luiz Fernando Souza, foi entregue pessoalmente pela diretora de Finanças da Entidade, Maria José Silva, e pelos diretores Ednaldo Martins e Roberto Eudes Fontenele.

No documento, consta que além dos crimes de responsabilidade, manifestação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de que viu indícios até mesmo da existência de três crimes nas condutas de Michel Temer: obstrução de Justiça, corrupção passiva e organização criminosa no âmbito da delação premiada dos irmãos Batista, do grupo JBS.

A decisão pelo impeachment foi tomada por maioria dos diretores da Federação, que se reuniram após o Conselho de Representantes Extraordinário em maio, e apoiaram o encaminhamento do Presidente Luiz Fernando de subscrever o pedido de impeachment de Michel Temer, tendo em vista que a entidade não tem legitimidade para tal, mas que não poderia passar inertes aos acontecimentos envolvendo o Presidente da República. Além do primeiro pedido subscrito por um dirigente da Fenajud, 15 pedidos de impeachment já foram protocolados na Câmara desde dezembro de 2015. Diante dos pedidos de destituição do presidente já apresentados, cabe ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir se aceita ou não os argumentos e dá andamento ao processo de impeachment de Temer.