EM DIFICULDADES FINANCEIRAS, RONDONIAGORA APOSTA ÚLTIMAS FICHAS NO EXPEDITO

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vo1Mesmo tendo cargos comissionados em pelo menos uma dezena de órgãos públicos entre Assembleia Legislativa de Rondônia, Câmaras Municipais, Câmara Federal e Senado Federal, a vida financeira dos proprietários do site de notícias Rondoniagora não anda bem. Segundo o processo número 0009044-03.2013.8.22.0001, do Tribunal de Justiça de Rondônia, Ivonete Gomes, esposa do sócio do site deverá ser despejada do apartamento que adquiriu junto a Embrascon e não conseguiu pagar. A ordem de despejo judicial já foi dada. “Acolho o pedido formulado e determino a imediata expedição de mandado de desocupação forçada conforme determinado às fls. 101, devendo a parte autora fornecer os meios materiais para o cumprimento da medidaPorto Velho-RO, terça-feira, 23 de setembro de 2014.Jorge Luiz de Moura Gurgel do Amaral Juiz de Direito”. Ivonete tentou a sorte nas eleições deste ano não não passou de 1.500 votos.

 

Nomeação de Ivonete Gomes na Assembleia legislativa
Nomeação de Ivonete Gomes na Assembleia legislativa

O sítio Rondoniagora, fundado há 15 anos, vive de governos e políticos corruptos. Quanto mais corrupto, mas eles ganham dinheiro. Como eles ganham dinheiro? Imprimindo medo, publicando verdades e inverdades misturadas. Nunca combateram a corrupção, se prevaleceram dela. O modus operandis é a pressão psicológica. Quando desejam fechar algum contrato publicitário ou conseguir a nomeação de uma pessoa, eles primeiro atacam e depois negociam. Assim fizeram com êxito contra José Bianco, Valdir Raupp, Nilton Capixaba, Amir Lando e o atual presidente da Assembleia Hermínio Coelho (PSD) e os ex-presidentes como Valter Araújo (sem partido), Carlão de Oliveira (sem partido), Silvernani Santos e Natanael Silva. Todos comeram nas mãos dos “jornalistas”.

Nomeação de Eliânio Nascimento na Assembleia Legislativa
Nomeação de Eliânio Nascimento na Assembleia Legislativa

Se Valter Araújo falar é capaz do grupo sair preso imediatamente. Aliás, um membro do clã já foi preso, trata-se de Ângela Abreu, ex-esposa de um dos sócios majoritários.

O sucesso do site é o uso da força e da intimidação. Da chantagem em cima de chantagem. Como a maioria dos políticos tem rabo preso, prefere negociar. O grupo, porém, não teve sucesso com o governo Confúcio Moura, embora tenha tentado obter vantagens. Confúcio não negocia com chantagistas.

Rondoniagora é uma extensão da Assembleia Legislativa. Ninguém sabe onde começa um e termina o outro. O público e o privado se misturam. Durante a cheia do Madeira, Ivonete Gomes fez uma reportagem especial para a Assembleia, usando recursos do órgão, mas, foi primeiramente exibido no Rondoniagora sem os devidos créditos. É como se a Assembleia Legislativa fizesse parte do site e vice e versa. Os sócios, parentes e aderentes tem cargos comissionados na ALE, na Câmara dos Deputados e Senado Federal (gabinete do senador Valdir Raupp). Uma verdadeira orgia co dinheiro público.

Nesta campanha de 2014, é visível para quem estão atuando. Para a candidatura de Expedito Júnior (PSDB). Tanto que na propaganda política do candidato exibe material publicado no site. Matéria jornalistica requentada sob encomenda.

Nas eleições de 2002, quando o então governador José Bianco (DEM) tentava reeleição, foi impiedosamente massacrado pelo site. O publicitário Toca Almeida, um dos coordenadores da campanha pagou R$ 60 mil para eles pararem de “bater”. Foi em vão. Receberam o dinheiro e continuaram o massacre.

Segundo fontes, Expedito teria prometido ao grupo o comando das comunicações do Estado.

 

Donos do RONDONIAGORA são indiciados 30 vezes por peculato

Os diretores do site Rondoniagora Gerson Costa, Ivonete Gomes e Ângela Abreu foram indiciados 30 vezes por peculato, crime tipificado no art. 312 (Crime contra a Administração Pública). Eles fazem parte do grupo de 81 pessoas indiciadas pela Polícia Civil no Inquérito que apura o esquema criminoso que financiava campanhas eleitorais mediante dinheiro de estelionato e da associação ao tráfico.

Angela Abreu, que é ex-mulher do também diretor do site Rondoniagora – Eliânio Nascimento, foi presa há duas semanas e é apontada como uma das principais operadoras do esquema: era ela quem cooptava laranjas para trabalhar como servidores fantasmas na Assembleia legislativa de Rondônia. Os trinta indiciamentos referem-se à quantidade de meses que os “laranjas” receberam sem trabalhar.
O inquérito foi relatado pela Polícia Civil na semana passada e já está nas mãos do Ministério Público que deve denunciar os acusados para a Justiça até a próxima quinta-feira 12. O crime de peculato prevê pena de 2 a 12 anos de prisão.

Fonte: Oobservador