Eleições 2022: os nomes de Rondônia para as próximas eleições

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Hildon Chaves, do PSDB, posa para foto após vencer nas urnas em Porto Velho — Foto: Diêgo Holanda/G1

PORTO VELHO-Fechadas as urnas, prego batido, ponta virada. Quem torceu e votou pela reeleição de Hildon Chaves (PSDB) à prefeitura de Porto Velho, acaba de carimbar o passaporte dele para 2022. É “pule de dez” que ele será candidato ao governo, ou ao Senado nas próximas eleições, deixando a prefeitura nas mãos de Maurício Carvalho (PSDB). Até aí tudo normal em se tratando de PSDB. Os tucanos Geraldo Alckmin e João Dória fizeram isso nas eleições passadas no estado de São Paulo. Mas, esse não é o tema principal desta matéria.

Com a unção de Hildon Chaves como nova liderança do PSDB em Rondônia, não será difícil imaginar quem ditará as regras para as próximas eleições. Ao lado do cacique Expedito Júnior (PSDB), Hildon Chaves deverá costurar uma colcha de alianças para 2022. Vai encontrar problemas com o senador Marcos Rogério (DEM) que apoiou a sua reeleição. Marcos Rogério saiu fortalecido também destas eleições. O DEM elegeu oito importantes prefeituras no interior do Estado. E Marcos Rogério é pré-candidato ao governo de Rondônia em 2022, “pule de dez”.

O PSDB elegeu quatro prefeitos, incluindo a capital

Embora o MDB tenha elegido o maior número de prefeitos, nove, não tem nomes para o governo de Rondônia nas próximas eleições. Vai trabalhar o nome do ex-secretário de Planejamento George Braga, um bom técnico, mas que precisa ser lapidado para disputar uma cadeira de governador, por exemplo.

Na ala feminina surge uma nova líder. Cristiane Lopes (PP) será um nome disputado para as eleições próximas e já se constitui uma ameaça para Jaqueline Cassol (PP), presidente da legenda. Ambas poderão sair candidatas ao governo, apostando na força feminina. Claro, a candidata a vice-governadora na chapa deverá ser escolhida no palitinho.

Nomes que correrão por fora

Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná), Vinícius Miguel Cidadania), Ramon Cujuí (PT), Breno Mendes (Avante), coronel Ronaldo Flores (SDD) serão nomes constantes nas composições partidárias.

Partidos que não elegeram prefeitos e vereadores terão dificuldades nas eleições de 2022. O fim das coligações proporcionais prejudicou os nanicos, e até alguns grandes. Em Rondônia, partidos como PSOL, PCdoB e até o PT não obtiveram êxitos em prefeituras.

Fim das coligações

O advogado especialista em direito eleitoral Cleone Meirelles explica que o fim das coligações proporcionais é importante porque tem como principal intuito reorganizar o sistema partidário e a quantidade de partidos. O Brasil possui 33 siglas registradas e ainda conta com outras em processo de formação, como é o caso do partido Aliança Pelo Brasil, do presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Com o resultado desta eleição municipal os partidos menores terão uma noção do que vão enfrentar quando o fim das coligações for aplicado nas eleições de 2022. A tendência é que os partidos que têm mais representatividade permaneçam. A partir daí os partidos menores, com a ausência de recursos, perdem a capacidade de conquistar assentos no legislativo municipal e, posteriormente, no legislativo estadual e federal”, pontua Cleone.

Esta alteração ainda é somada à inclusão da cláusula de barreira para os partidos políticos. A cláusula é progressiva e deve atingir o seu auge em 2030, quando há a possibilidade de diversos partidos perderem recursos, como o fundo partidário, o fundo eleitoral e o tempo de televisão para as legendas que não atingirem um bom desempenho nas eleições para o Congresso Nacional.

Fonte: Mais RO com jornal Opção

Foto: Diêgo Holanda/G1