‘Ela confiou nele’, diz filha de mulher estuprada e morta em balneário, durante julgamento de agente em RO

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A filha de Maristela Freitas Alves, de 21 anos, esteve entre as testemunhas que prestaram depoimento no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho, durante novo julgamento do agente penitenciário William de Azevedo Teodoro, de 42 anos, que foi condenado a 23 anos e seis meses de reclusão por estuprar e matar sua mãe em um balneário de Porto Velho. O júri terminou na madrugada de sexta-feira (27) no Fórum Criminal da capital.

Em depoimento, ela detalhou o que aconteceu instantes antes da mãe, então de 36 anos, pegar carona com o agente e, horas depois, ser informada de que o corpo foi encontrado em um córrego do município.

“Estávamos eu, minha mãe, o ex-genro e a ex-cunhada da minha mãe e um amigo deles no bar. Ele (William) chegou por volta das 3h, foi apresentado pelo ex-genro a nós e se interessou pela minha mãe, mas ela aparentemente não. Chegou a oferecer cerveja e eles, depois, dançaram juntos. O estranho foi que ele insistiu muito para levar nós duas em casa. Eu disse que não iria com ele porque não o conhecia. Mas minha mãe mudou de ideia e eu não sei o porquê. Deixou minha bolsa e o celular comigo e foi com ele”, contou a jovem.

Após prestar depoimento, a filha da vítima conversou com o G1 sobre o caso. Emocionada, informou apenas esperar que a Justiça seja feita.

“Eu acredito que ela confiou que ele a deixaria em casa. Além de Justiça, espero que ele se arrependa de verdade pelo que fez. Isso faria com que eu me sentisse melhor, pois até hoje pergunto o porquê de tudo isso”.

No dia 9 de setembro de 2018, o corpo de Maristela Freitas Alves foi encontrado em um córrego no balneário Rio das Garças. Ela estava nua e com sinais de violência sexual. De acordo com a Polícia Militar (PM), foram achados, ainda, pedaços das roupas e manchas de sangue em um barranco.

Horas antes do corpo ser encontrado, a jovem passou a ligar para amigos da mãe preocupada com o sumiço da mulher. Porém, às 17h30 daquele dia, foi informada por dois policiais civis da morte de Maristela. “A gente não ia a balneário. Minha mãe gostava de se divertir mais em família. Éramos muito amigas”, reforçou a filha da vítima. Além da jovem, Maristela deixou quatro filhos.

Fonte: G1