EDITORIAL: TRANSPOSITION, ENROLATION!

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Transposição virou piada
Rolando Lero entrou no enrolation
Rolando Lero entrou no enrolation

Há pelo menos uma década, ouvi do então deputado federal Eduardo Valverde (PT) que à União (Governo Federal) não interessa a transposição de servidores do Estado de Rondônia, pelo simples motivo do projeto onerar os cofres públicos. O que o deputado federal Amir Lando (PMDB), mais conhecido como Amir Lento (ou Rolando o Lero), está descobrindo agora, todos já sabemos há anos. Trata-se de mais um discursozinho eleitoreiro, com vistas as eleições de 2014. Ele quer se “reeleger” deputado federal. E, para isso, usa os mesmos argumentos usados por outros parlamentares para se eleger. É lamentável que nossa bancada federal é fraca, fraquíssima. Repito: fraca, fraquíssima. E se você não entendeu ainda, vou desenhar: fra-ca…fra-quís-si-ma!!!!! Com raras exceções, como o senador Acir Gurgacz (PDT) que tem se empenhado muito.

De nada adiantou o senador Acir protestar contra a enrolação
De nada adiantou o senador Acir protestar contra a enrolação

Note-se que apenas o Lento ainda está falando sobre a transposição. Todos os outros parlamentares já se calaram temendo receber uma vaia nas campanhas eleitorais de servidores que acreditaram neles. Portanto, não se enganem com os discursos do Amir Lento. É que ele chegou agora.

 

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse, em reunião no Ministério do Planejamento, no ano passado, “que os trabalhadores em educação não aceitam mais qualquer tipo de enrolação em relação à transposição”.

A insatisfação da categoria foi relatada por Manoel no encontro do qual participaram representantes da bancada federal, os presidente do Sinsepol, Jales Moreira, do Sindsaúde, Caio Marin, e do Sindsef, Daniel Pereira, o Secretário de Relações do Trabalho, do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e o presidente da Comissão Interministerial da Transposição, Geraldo Nicole.

Segundo os representantes do governo federal, dos mais de 19 mil processos relatados em Rondônia e encaminhados a Brasília, somente 33 foram analisados e tiveram o parecer favorável para inclusão na folha de pagamento do governo federal.

O presidente do Sintero lembrou que a lei de enquadramento dos servidores prevê que em janeiro de 2014 os servidores administrativos contratados pelo Estado até 15 de março de 1987 devem ser enquadrados como servidores federais do ex-território, e que em março de 2014 devem ser enquadrados os professores contratados na mesma época.

Para Manoel Rodrigues, se até agora o governo federal só analisou 33 processos, não há sinais de que até janeiro todos os processos sejam analisados. “Não vamos aceitar enrolação. O povo de Rondônia não suporta mais tanto desrespeito. Vamos exigir que essa análise dos processos seja agilizada”, disse Manoel durante a reunião.

Ele cobrou dos representantes do Ministério do Planejamento um relatório com as atividades referentes à transposição, e um cronograma de trabalho a ser cumprido, de forma que os prazos da lei sejam respeitados.

 Roberto Kuppê com informações do Sintero