É O APOCALIPSE: EM RONDÔNIA DELEGADO DA PF ENFRENTA NAS URNAS POLÍTICO QUE PRENDEU EM OPERAÇÃO POLICIAL

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Marcelo Bessa (PMDB) e Jair Montes (PTC) são candidatos a deputado federal por Rondônia. Até aí tudo bem. Marcelo Bessa já teve seu registro deferido pelo TRE/RO, mas, Jair Montes aguarda para até amanhã, 5 de agosto o julgamento do registro dele. Até aí tudo bem, também. Ocorre que, Marcelo Bessa é delegado da Polícia Federal e ex-secretário de Segurança Pública de Rondônia e, Jair Montes, é vereador e foi preso recentemente pela Operação Apocalipse comandada pelo próprio Marcelo Bessa. Jair Montes foi  preso em julho de 2013,  apontado pela Polícia Civil como um dos suspeitos de chefiar uma quadrilha que financiava campanhas políticas com dinheiro do tráfico de drogas. Ficou quase três meses preso e só foi solto graças a um habeas corpus. Segundo as investigações, o esquema da quadrilha financiava campanhas políticas e captava recursos por meio de lavagem de dinheiro. Em troca, os benefícios estavam relacionados a nomeação de funcionários fantasmas. A operação cumpriu 229 medidas cautelares, entre mandados de busca e apreensão, prisões preventivas e indisponibilidade de bens, gerando ao todo 54 prisões de vereadores, deputados, empresários e funcionários fantasmas. Toda a operação foi comandada pelo delegado Marcelo Bessa quer agora disputa uma cadeira na Câmara dos deputados, disputando votos com o ex-presidiário Jair Montes.

Jair Montes que é do PTC (Partido Trabalhista Cristão), faz parte da coligação Rondônia no Rumo Certo de Novo, composta pelos partidos PP / PR / PPS / PTC / PV / PROS. Nesta coligação existe outro ex-presidiário. Trata-se de Carlos Magno (PP) que foi preso pela Operação Dominó, efetuada pela Polícia Federal em agosto de 2006, a qual prendeu 23 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de desvios de recursos que causou prejuízo de R$ 70 milhões aos cofres públicos de Rondônia.

Entre os presos estavam o então presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Chaves, o então presidente da Assembléia Legislativa Carlão de Oliveira, José Carlos Vitachi, ex-procurador-geral de Justiça, e o então candidato a vice e ex-chefe da Casa Civil do governo Ivo Cassol (PPS), Carlos Magno Ramos (então no PPS).