José Armando BUENO
A “tempestade perfeita” é uma expressão criada para designar a gravidade de uma situação, que evolui para um desastre com a combinação de fatores adversos por vezes inimaginável. E ela chegou para destruir de um lado e favorecer, de modo único, o vice-governador Daniel Pereira, que até sete de abril assume o comando do Palácio Rio Madeira. Conta-se nos dedos de uma mão, eventos políticos desta natureza que unem-se para favorecer um mandatário político do naipe do nosso futuro governador.
DANIEL, O TECELÃO | Como um tecelão em notável silêncio a tecer fios dia e noite, Daniel prepara-se há anos a fiar uma trajetória que em breve culminará, em sua primeira etapa, com sua ascensão ao topo da cadeia alimentar política de Rondônia. O rigor, a disciplina, a devoção e o preparo intensivo para este momento são dignos de nota. Seus olhares, gestos, sinais, ações, decisões e especialmente palavras esculpidas como jóias, tornaram possível a construção de um monólito político, e que já aponta para a consagração de uma liderança impecável dolorosamente desejada e necessária para nosso resgate.
Ainda que tenha todos os predicados rigorosamente construídos em quase três décadas, Daniel anda sobre o terreno minado da política rasteira, ou melhor, paira sobre ele, blindado, até que chegue, incólume, à margem segura que lhe aguarda com o cetro do governo. Não pode errar. Seu silêncio às provocações e até ilações diante dos pomos da discórdia recorrente, dos jogos de poder intra e interpartidários, das chantagens midiáticas, das plantações de fake news e dos bastidores que jamais serão revelados, Daniel sobrevoa o campo de guerra como uma águia, não à procura de caça e sim do melhor terreno para seu pouso definitivo, consagrador.
DUPLA DINÂMICA | Diante do quadro que define-se aceleradamente, e agora com a condenação irrecorrível do senador Acir Gurgacz, minha leitura antecedente ganha corpo e forma, para colocar o PMDB ao seu lado na dupla jornada, para ocupar a vaga disputadíssima de vice-governador. Não há como recuar diante de tamanha oportunidade. A sabedoria do governador Confúcio Moura trouxe-o até este momento e agora, com o poder que ainda detém, soberano, deverá sentar-se com seu escolhido em 2014, para definir o futuro do partido que forjou a melhor dupla de governança que Rondônia já teve. Sem dúvida, uma dupla muito dinâmica que imprimiu uma nova cara para o estado, o país e o mundo.
DANIEL E MAURÃO. Ambas as posições colocam-no em palco iluminado, para si e seu partido, ainda que partido, e que será surrado à exaustão nesta eleição. Ter a possibilidade desta escolha é para poucos, e caberá agora ao presidente da ALE entrar num processo intensíssimo para preparar-se para novos desafios, por inegável necessidade diante de deficiências que não mais podem sustentar-se. Em silêncio, Maurão estuda na UNOPAR, mas precisa acelerar o processo como numa corrida pela perda acelerada de peso: dieta, academia, disciplina, concentração e foco total na meta.
José Armando Bueno é empreendedor e jornalista, editor de A CAPITAL.
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