Dois suplentes de senador fazem pressão por candidatura a governador de Rondônia

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Maria Eliza é primeira suplente de Confúcio

PORTO VELHO- Se depender dos primeiros suplentes Maria Eliza de Aguiar e Silva e Samuel Araújo, os senadores Confúcio Moura (MDB-RO) e Marcos Rogério (DEM-RO), respectivamente, serão candidatos ao governo de Rondônia. É que ambos, Maria e Samuel tem bala na agulha para financiar as candidaturas destes, para, enfim, assumirem, um ou outro, a titularidade a partir de 2023. É claro que os suplentes acima citados receberam de seus titulares a promessa de assumirem o mandato de senador futuramente. Ninguém investe milhões para ficar ad eternum na suplência, na obscuridade.

Dra. Maria Eliza visita escritório de apoio do senador em Porto Velho

Pressão de um lado de outro é que não falta. Um dos mais afoitos, com certeza, é Samuel Araújo, empresário milionário emergente, cuja fortuna advém de especulação imobiliária, compra e venda de precatórios. A primeira suplente de Confúcio Moura, porém, é a mais transparente. Fez fortuna no setor educacional. Fundou e vendeu por mais de R$ 300 milhões a Faculdade São Lucas, de Porto Velho, para um grupo chinês. De recesso no Senado, o senador Confúcio registrou nas redes sociais a visita da primeira suplente dele ao escritório político de Porto Velho: “Visita da Dra. Maria Eliza ao escritório de apoio em Porto Velho”.

A favor de Marcos Rogério conta ainda a postulação da vaga de vice-governadora, Ieda Chaves, primeira dama do município de Porto Velho. Com bala na agulha, o prefeito Hildon Chaves (PSDB), que também vendeu sua faculdade por quase meio bilhão de reais, estaria disposto a torrar R$ 150 milhões para ver a esposa vice de Marcos Rogério.

Confúcio dá pistas

“Concedi algumas entrevistas nesta viagem ao Estado. Os repórteres entrevistadores deixam por último a pergunta xeque-mate – “senador, você será candidato a governador ano que vem?”. Eu já fico esperando a indagação, quase em nocaute. Reviro os olhos para os quatro cantos. Procuro na mente a melhor resposta. E termino deixando todos eles na maior confusão do mundo.

Para uns digo – não. Para outros – ainda é cedo. Para outros tantos – digo que só decido em abril do ano que vem. Porque sempre fui assim. Deixo para o limite do prazo legal. Quem irá conduzindo futuras candidaturas é o vento. Como bolhas de sabão.

Vão rebolando no ar, até que naturalmente estourem. E as bolhas ficam brincando. As crianças se encantam. Itamar Franco também tinha esta mesma mania, de deixar sempre voando a dúvida. Eu que já disputei nove (9) eleições, aprendi que a prudência ainda é a maior das virtudes. Quando se entra na política, você se transforma num cavalo voador (Pégaso), ora se voa, ora se corre em terra batida.

O campo está aberto, tudo preparado, só falta o tiro para os portões se abrirem, apostas feitas, a competição iniciar, às vezes, o vitorioso ganha com um pescoço à frente. O que posso lhes dizer, neste momento, é que ainda estou saindo para o pasto, com o cabresto, para ver se encontro o cavalo ideal para a corrida. De pangaré eu não me atrevo ir ao turfe”…do blog do Confúcio, hoje, domingo, 25 de julho de 2021.

Fonte: Mais Rondônia