Dia Internacional da Onça-Pintada denuncia desequilíbrio do meio ambiente

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Anunciado por ONGs e líderes mundiais durante COP 14, que acontece no Egito, data se tornará um marco ambiental na luta contra a extinção da espécie

Evento lança ainda um “Plano de Conservação para as Américas”, firmando compromisso de preservação até 2030

Amanhã, dia 29 de novembro, será comemorado o primeiro Dia Internacional da Onça-Pintada. O anúncio da nova data comemorativa internacional foi feito pela Wildlife Conservation Society (WCS), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), a WWF, a Panthera, além de representantes de vários Governos durante a COP 14 da Convenção sobre Diversidade Biológica, que acontece de 17 a 29 de novembro, em Sharm El-Sheikh, no Egito.

A inciativa pretende chamar a atenção sobre o papel dessa espécie como indicador de um ecossistema saudável, as ameaças que a Onça Pintada enfrenta, e os esforços de conservação para garantir a sua sobrevivência. Originalmente encontrada em todos os biomas brasileiros, a espécie é classificada como vulnerável e, em algumas regiões do país, está praticamente extinta. É o maior carnívoro da América Latina, e está presente em 18 países do continente americano.

“O decreto da nova data comemorativa representa um referendo importante para a WCS Brasil. É uma forma de reconhecimento e certamente irá fortalecer as iniciativas temos desenvolvido junto a entidades parceiras para a conservação da espécie”, destaca Carlos Durigan, diretor executivo da WCS Brasil.

Também durante a COP14 foi lançado o documento “Onça-Pintada 2030, um Plano de Conservação para as Américas”, um compromisso global sem precedentes que tem como objetivo fortalecer o corredor ecológico da espécie, do México à Argentina, e garantir 30 áreas prioritárias de conservação até 2030. Essa iniciativa ousada e regional, irá orientar novos canais para uma cooperação internacional eficaz e aumentar a conscientização sobre a importância de projetos de conservação para a Onça.

WCS – Brasil

A WCS-Brasil atua ativamente desde 2013, em parceria com outras instituições, na conservação, pesquisa e monitoramento da Onça, principalmente, na Amazônia brasileira e no Pantanal / Cerrado. A proposta é manter e, se possível, aumentar as populações de Onça, e utilizar essa espécie não somente como um ícone da vida silvestre, mas também como um símbolo da saúde da natureza no planeta. Uma dessas iniciativas é a Aliança da Onça-Pintada, que reúne 16 organizações parceiras, e se propõe a ser um fórum de colaboração entre projetos de conservação da Onça-pintada na Amazônia brasileira, e incentivar a incorporação de planejamentos para a conservação da espécie em projetos de desenvolvimento nesse bioma.