DESAFIO – Futsal da escola Risoleta Neves, em Porto Velho, quer medalha em Brasília e desfile no caminhão do Corpo de Bombeiros

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Atletas do futsal vão aos Jogos da Juventude para representar Rondônia e superar desafios

Quando iniciarem, no próximo dia 15, os Jogos Escolares da Juventude, em Brasília, um grupo de alunas talentosas, determinadas e vencedoras estará na delegação de Rondônia. As 10 atletas da equipe de futsal da escola estadual Risoleta Neves terão como desafio superar seleções como as de São Paulo e Rio de Janeiro. A medalha de ouro na competição, se for conquistada, será comemorada singelamente, conforme o pedido delas: com um rodízio de pizza.

Simples e tímidas, as meninas de idade entre 15 e 17 anos têm o treinador e professor de educação física Celestino José de Souza como pai. Todas vêm de famílias humildes. A escola e o futsal são para elas a porta de acesso a um mundo melhor.

Na terça-feira (7), parte da delegação recebeu a visita do governador Confúcio Moura na sala da diretora Gláucia Proença.

“Se depender das meninas, há treinamento o dia inteiro”, diz a diretora orgulhosa do elenco. Gláucia não tem missão menos difícil. Há menos de um ano no cargo, trabalhar para transformar a escola num lugar de conhecimento e desenvolvimento social.

A missão está em andamento e parte do sucesso se deve ao envolvimento dos pais.

A escola, que recebe cerca de 300 alunos todos os dias, já foi alvo de depredação e furtos. Num deles, ocorrido em 2013, a sala da diretoria foi incendiada. Mais de 200 troféus, prova de como os alunos são vitoriosos, foram queimados.

O governador Confúcio Moura elogiou os esforços da diretora Gláucia Proença para promover transformações na escola Risoleta Neves

A situação de vulnerabilidade das famílias é um componente que prejudica o aprendizado. O professor Celestino não foge do papel de conselheiro dos alunos. As atletas do futsal são, conforme ele, um exemplo de determinação a ser seguido.

“Elas têm boas notas e são aplicadas nos treinamentos”, elogia.

Geisiane, a goleadora do time, é considerada um fenômeno. Pensa rápido, dribla bem e deve entrar na mira das escolas do sudeste. “Dificilmente ela ficará em Rondônia”, prevê o técnico.

Segundo Celestino, Geisiane veio do interior, recomendada pela mãe, para estudar e tentar futuro no futsal.

A atleta ganhou folga para ficar perto da mãe e fazer provas do Enem, em Vale do Paraíso, onde está sua família. Dos 107 gols marcados durante o Joer, a aluna foi autora de 58.

Ao governador, Rosiane, outra aluna atleta, deixou escapar em meio a um sorriso contido, o sonho particular para o caso de voltar com a medalha de ouro na categoria. “Queria dar uma volta no caminhão do Corpo de Bombeiros”, disse.

Confúcio ficou admirado com tanta determinação. As atletas venceram os Jogos Estudantil de Rondônia vencendo todos os adversários até chegar à final, a seleção de Costa Marques, que foi derrotada por 6 a 0.

Ele prometeu apoiar a equipe e explicou que o estado já chegou a mandar 300 alunos de uma só vez para participar de competições fora do estado.

O governador elogiou as iniciativas da diretora Gláucia Proença para fazer da escola Risoleta Neves num lugar de conhecimento e transformação social. Ele tem insistido que não basta transmitir o conteúdo das disciplinas se isto não implicar no crescimento pessoal do aluno, como a criação de perspectivas diante do mundo.

Depois de visitar salas de aula e laboratórios, acompanhado de deputados estaduais, o governador disse que são necessários recursos para que uma grande obra de reforma seja realizada na escola.

onfúcio Moura orienta para que a escola Manaus tenha área para tarefas extracurriculares e apoio à comunidade

forma de assegurar o dinheiro para estas intervenções será discutida com a equipe de governo para que as obras aconteçam em 2018.

ESCOLA MANAUS

No mesmo dia, Confúcio fez uma vista à escola Manaus, no bairro Mato Grosso, onde está sendo feita mais uma experiência de gestão compartilhada, modelo que inclui militares em partes da administração.

A parte civil é conduzida pela professora Mônica França. Segundo ela, a escola já foi depredada mais de 30 vezes por delinquentes do bairro.

O tempo em que trabalhar na escola Manaus era inseguro ficou para trás em razão da presença constante de policiais militares.

Com o secretário estadual de educação Waldo Alves, o governador deixou acertado que na área em que não há instalações escolares serão providenciados plantios de verduras, legumes, açaí e banana, que poderão ser distribuídos à comunidade. É uma forma de melhorar o ambiente e promover a inclusão dos alunos em tarefas extracurriculares.

Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Jeferson Mota
Secom – Governo de Rondônia