Depressão atinge cerca de 15% dos estudantes brasileiros, segundo a Andifies

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A pressão para serem bem sucedidos profissionalmente é um dos principais fatores para a disseminação do transtorno em jovens
A pressão para serem bem sucedidos profissionalmente é um dos principais fatores para a disseminação do transtorno em jovens

Ser bem sucedido, necessidade para definir a carreira, tirar boas notas, ser o melhor aluno da sala. A pressão psicológica afeta os jovens estudantes das mais diferentes maneiras possíveis.

Os grandes desafios e as intermináveis cobranças fazem com que as pessoas se tornem mais vulneráveis, sendo assim, mais propensas a apresentarem casos de depressões.

O transtorno vem afetando cada vez mais jovens ao redor do mundo. Os índices crescentes nos Estados Unidos e também no Brasil, chamam atenção, cada vez mais, de diversos especialistas da área da saúde.

Segundo dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), metade dos universitários brasileiros vivenciou algum tipo de crise emocional. A depressão atingiu cerca de 15% dos estudantes, enquanto a média geral entre jovens de até 25 anos fica em torno de 4%.

Graduado em Economia, Relações Internacionais e Letras, pela Universidade da Pensilvânia, Raiam Santos, autor do livro Wall Street – A Saga de Um Brasileiro em Nova York (Astral Cultural), classifica a superficialidade e a intensa pressão psicológica da Universidade como um dos maiores desafios, não somente para a carreira, mas também para a vida, literalmente falando.

Infelizmente, a forte pressão psicológica fez algumas vitimas. Já não eram raros os casos, noticiados em jornais locais, de alunos que se suicidaram por não aguentarem o período de provas finais. Um deles, inclusive, companheiro de Raiam no time de futebol americano da Universidade da Pensilvânia.

O pensamento suicida, inclusive, assombrou Raiam algumas vezes, que afirma: “Eu mesmo já pensei em me jogar do prédio umas três ou quatro vezes ao longo dos meus anos na Universidade da Pensilvânia. O bagulho é louco! Só vivendo aquilo para entender. Mesmo vivendo do outro lado do mundo, meus pais salvaram minha vida algumas vezes naquela época”.