Demitidos da IMMA derrotam posição do STIMMME e CSB e conquistam acordo melhor

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cut23Em votação realizada no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Porto Velho, os trabalhadores demitidos coletivamente este mês pela Indústria Metalúrgica Mecânica (IMMA) aprovaram por unanimidade a proposta final de acordo apresentada pela empresa durante a mediação no MPT. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação FITRAC defenderam a aprovação do Acordo e a Central CSB e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica (STIMMME) defenderam a rejeição .

Os principais pontos do acordo são: pagamento de indenização correspondente cinco pisos salariais de R$ 900,00, totalizando R$ 4.500,00, que serão pagos no próximo dia 05 de outubro; seis meses de cesta básica com gêneros alimentícios, sendo a primeira entregue no próximo dia 05 de setembro; assistência médica por quatro meses para os que se encontram em tratamento ou grávidas e garantia de recontratação no caso da IMMA retomar a produção normal. A empresa não será desativada e manterá uma equipe mínima de aproximadamente cinquenta funcionários trabalhando.

Aproximadamente 300 metalúrgicos foram demitidos de forma coletiva nos dias 18 e 22 deste mês. Apesar do STIMMME a CSB terem iniciado negociações sobre as demissões desde o último dia 17 de agosto, nenhuma informação foi repassada para os demitidos, que sequer sabiam que tinham direitos diferenciados, em função de se tratar de demissões coletivas. A CUT denunciou a omissão do STIMMME e junto com a FITRAC, STICCERO e SINDUR apoiaram uma ampla mobilização dos demitidos, para cobrar negociações transparentes e com a participação dos trabalhadores.

A mobilização incluiu uma manifestação contra o STIMMME, realizado no último dia 23 em frente a sede do sindicato e protestos em frente a IMMA, que paralisaram totalmente as atividades da empresa nos dias 24 e 25 deste mês. Houve varias rodadas de negociações, a maioria sem a participação de representantes dos trabalhadores; sendo que no último sábado (27) em uma assembleia da categoria, a CUT e a FITRAC defenderam a rejeição de uma proposta de quatro salários de R$ 900,00 e cesta alimentação.

A orientação da CUT e FITRAC foi a de encaminhar a negociação para definição na mediação do MPT, o que foi aprovada por ampla maioria, com apenas três votos contra. A decisão de levar a negociação para mediação no MPT resultou em um ganho de R$ 900,00 a mais, além de uma segurança jurídica maior, já que todas as tratativas foram registradas em Ata pelo Ministério Público do Trabalho.