Demitidos conseguem proposta da IMMA, que foi rejeitada em assembleia e aprovado dissídio

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immmaOs trabalhadores da Indústria Metalúrgica (IMMA) conseguiram pressionar a empresa, após três dias de mobilizações coordenadas por uma Comissão de Representantes de Base, CUT, FITRAC e os sindicatos STICCERO e SINDUR, para apresentar uma primeira proposta de um possível acordo, que foi de: três meses de piso salarial R$ 900,00; prorrogação dos benefícios cesta básica e assistência até dezembro de 2016; além de seguro de vida e plano odontológico. Os trabalhadores rejeitaram essa proposta em assembleia realizada nesta quinta feira (25).

A assembleia foi realizada no Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (SITETUPERON) e contou com a participação de aproximadamente duzentos demitidos. Além de rejeitar a proposta da IMMA os metalúrgicos aprovaram o ingresso de Dissídio Coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), requerendo a suspensão das demissões, por ter sido um ato ilegal, visto que se trata de demissões coletivas e por motivo único; sendo que essa situação impõe a obrigatoriedade de negociações coletivas entre sindicato e empresa antes das demissões, visando encontrar alternativas às dispensas ou pagamento de indenização e benefícios adicionais.

O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos (STIMMME) e a Central de Sindicato Brasileiros (CSB) informaram aos trabalhadores que a assembleia foi convocada para atender à solicitação do TRT, na ação de Dissídio Coletivo nº 000222-94.2016.5.14.000. Entretanto, o jurídico da CUT analisou a decisão proferida pelo TRT e sugeriu novas providências, especialmente quanto ao fato do edital de convocação ter sido afixado apenas em murais e não publicado em jornal de circulação na base; além da realização de uma mediação pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Na avaliação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a mobilização dos demitidos da IMMA já pode ser considerada vitoriosa, pois saiu de uma situação de negociação “zero”, entre sindicato e empresa, para uma proposta de três salários adicionais de indenização e prorrogação dos benefícios. A CUT considera que, se for mantida a mobilização, sanadas as falhas no Dissídio Coletivo, assegurada a participação dos trabalhadores nas negociações e a decisão final sendo tomada apenas em assembleia amplamente convocada, os ganhos serão muito maiores do que essa proposta inicial da IMMA.