Criança de três anos morre após ser jogada de janela de prédio pelo padrasto

0
555

Uma criança de apenas três anos foi morta, na tarde de terça-feira (17/12/2019), após ser jogada pelo próprio padrasto do 4º andar de um prédio na Zona Norte do Rio de Janeiro.  O menino Enzo Almeida Pelegrini chegou a ser socorrido e levado para o Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resisitiu. O padrasto pulou pela janela após ter jogado a criança e morreu na hora.

Camila Cerqueira, a mãe de Enzo Almeida Pelegrini, contou na delegacia que mantinha um relacionamento com Luiz Eduardo Lopo, de 38 anos, há oito meses. Ela disse que suspeitava que ele sofresse de problemas psiquiátricos, embora não fizesse nenhum tipo de tratamento.

Muito abalado, o pai do menino, Adriano Bruno Peregrino da Silva, esteve no hospital para levar a documentação da criança e não quis falar com a imprensa. Ele contou a um policial militar, que trabalha na unidade de saúde, que brigava há um ano e meio pela guarda do filho na Justiça.

De acordo com o depoimento de Camila, eles dormiram na última noite no apartamento dele, na Rua Cachambi, e acordaram bem. No início da tarde, Luiz começou a gritar e arremessar objetos do apartamento, que fica no quarto andar. Em seguida, ainda de acordo com a mãe do menino, ele desceu e passou a se jogar na frente aos carros. Logo após, Luiz Eduardo subiu novamente e arremessou a criança. Quando Camila retornou ao térreo para socorrer o próprio filho, o padrasto da criança se jogou. Luiz Eduardo Lopo morreu na hora.

Na delegacia, Camila contou que morava com a mãe até esta segunda-feira, em Brás de Pina. No entanto, após uma briga envolvendo Luiz, sua mãe não permitiu que eles continuassem por lá.

Vizinhos dizem que surtos do padrasto eram comuns

O relato da vizinhança, porém, contradiz o depoimento de Camila. No local, os vizinhos dizem que os surtos do homem eram comuns e que ele fazia uso de drogas.

— Era muito agressivo quando estava sob efeito de drogas. A PM já foi acionada várias vezes para cá por conta de escândalos que ele promovia — disse uma mulher.

Uma técnica de enfermagem que trabalha proximo ao prédio onde tudo aconteceu, viu quando Luiz se jogou da cobertura, no 5° andar.

— Ele, literalmente, deu um mortal e se jogou de cambalhota — contou.

Ela tentou socorrê-lo, mas o homem morreu na hora.

— O rapaz que mora no apartamento ao lado contou que durante a noite foi muita confusão, muita gritaria e barulho de coisas quebrando — revelou ela.

Os moradores da Rua Cachambi ficaram inconformados.

— Estava trabalhando quando recebi a notícia. Fiquei espantado — disse um rapaz.

Entre os objetos lançados por Luiz, havia um pote contendo um pó branco.

A delegada Marcia Beck ainda vai ouvir o pai biológico da criança, a mãe de Camila e a mãe de Luiz. Os depoimentos devem ser prestados ao longo da semana.

A perícia foi acionada para o local. A polícia informou que as investigações estão em andamento na 23ªDP (Méier) para apurar os fatos.

Fonte: Extra/Globo