- Presidente Jair Bolsonaro rejeitou a ideia de fechar aeroportos brasileiros
- Ao mesmo tempo, presidente admite que Brasil deve enfrentar uma nova onda de covid-19
- Anvisa recomendou restrição da entrada de voos da África do Sul e outros países
Apesar do alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rejeita a ideia de fechar aeroportos brasileiros. A Anvisa mostrou preocupação com novas variantes, como a notificada na África do Sul, e também com a alta de casos na Europa, no entanto, para Bolsonaro, a medida não é válida.
O presidente admitiu que o país deve enfrentar uma nova onda de covid, mas, ao ser questionado por apoiadores, considerou uma “loucura” fechar aeroportos.
“Tem que aprender a conviver com o vírus”, declarou Bolsonaro. “Não vai vedar [a entrada de estrangeiros], rapaz. Que loucura é essa? Fechou o aeroporto o vírus não entra? Já está aqui dentro.” Quando o apoiador falou sobre a nova onda de covid-19 na Europa, Bolsonaro criticou o homem por estar “vendo muita Globo”.
Apesar de ter falado em “conviver com o vírus” e rejeitar a ideia de fechar aeroportos, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou de forma contrária à realização do carnaval em 2022.
Alerta da Anvisa
A Anvisa emitiu uma Nota Técnica que orienta o governo brasileiro a restringir a entrada de viajantes e voos procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, em decorrência a nova variante do SARS-CoV-2 identificada como B.1.1.529.
A efetivação das medidas restritivas ainda depende de uma eventual portaria interministerial editada conjuntamente pela Casa Civil, pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Infraestrutura e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Nesta sexta-feira (26), autoridades de diferentes países também optaram por restringir suas fronteiras de forma a impedir a entrada da variante da África do Sul. União Europeia, Reino Unido e Índia estão entre os que anunciam controles de fronteira mais rigorosos enquanto cientistas tentam determinar se a mutação é resistente a vacinas.