Covid-19-Rondônia começa a sofrer o impacto do Decreto da Morte

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PORTO VELHO- A situação começa a ficar mais preocupante em Rondônia que caminha para o caos na saúde, a exemplo de Manaus. Se continuar a flexibilização do isolamento social, dificilmente sairemos do risco do alastramento do Covid-19. Já são 30 mortes e quase mil infectados.

Veja a evolução da pandemia em Rondônia e em Porto Velho, após o Decreto do governador Marcos Rocha (PSL)  e do secretário de Saúde, Fernando Máximo (Patriotas), publicado em 26/04/2020, até ontem, 05/05/2020.

Importante esclarecer que a atual fase de crescimento da doença no Estado e na Capital não tem relação, ainda, com o Decreto, já que o coronavírus tem um período de incubação de aproximadamente duas semanas e ainda estamos no nono dia pós Decreto.

Este dados apenas mostram que foi temerário e irresponsável autorizar a reabertura de comércios e igrejas neste momento.
O PIOR ESTÁ POR VIR e será a partir da próxima semana, quando começarão os reflexos dessa reabertura, que começou no dia 27/04/2020.

Na planilha anexa são analisados os dados consolidados, sobre o crescimento da pandemia do coronavírus no Estado:

– 497 novos casos de infectados no Estado a partir 27/04 -, cresceu de 364 para 861 – subiu 136,54%; já o número de mortes aumentou de 10 para 30 ou 200% a mais

– 382 novos casos de infectados somente em Porto Velho – aumentou de 260 para 642 – um aumento de 146,92%.

NAS ÚLTIMAS 24 HORAS

Nesta terça-feira (05) houve em todo Estado 105 novos casos de contaminação e mais 5 mortes – representa um aumento de 13,89% de infectados e 20% de mortes.

Em Porto Velho, também nas últimas 24h, houve 96 novos casos ou 17,58%.

A previsão é de que a pandemia tenha sua curva achatada no mês de julho e que até agosto finalmente o vírus não ofereça mais preocupação. Mas, para isso acontecer é necessário manter o isolamento.

Brasil, o epicentro

Diante de casos subnotificados de covid-19, o total de infectados por coronavírus no Brasil, até a terça-feira (5), poderia ser de 1.657.752, segundo um estudo publicado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo).

No “melhor cenário”, o  Brasil teria 1.345.034 casos e 2.021.177 no “pior”, números muito aquém dos 114.715 casos oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde, informa o UOL.

Em entrevista ao Wall Street Journal, Domingos Alves, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, disse que os números apontam o Brasil como epicentro global do coronavírus.

Fonte: Coluna Reticências/ Itamar Ferreira