COVID-19: Estudo do Cremero previa catástrofre de 25 mil infectados e 375 mil, já nesta quarta em RO

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A quarta-feira marca que estaremos em 22 de abril de 2020. Caso fossem verdadeiros os números catastróficos previstos por um estudo de especialistas da Unir, para o Conselho Regional de Medicina, o Cremero, a entidade que reúne os médicos de Rondônia, estaríamos com parte da população de 1 milhão e 700 mil rondonienses caminhando para algo perto da extinção.

Pelo estudo, mostrado com estardalhaço, já nesta quarta-feira teríamos 50 mil rondonienses com suspeita de estarem contaminados com o corona vírus e pelo menos (pasmem!) 25 mil casos confirmados. Teríamos, pelo estudo tresloucado, daqui a menos de um dia, nada menos do que 7.500 pessoas internadas (e não as menos de meia dúzia da vida real) e, mais assustador ainda haveria, não os três casos reais desta segunda-feira, mas sim  375 pacientes internados em UTIs. Não se sabe onde, já que em todo o Estado existe atualmente menos de uma centena de centros de atendimento de urgência em hospitais.

O excêntrico, exagerado e assustador estudo vai mais longe: avisa que até 2 de maio, ou seja, daqui a 12 dias, Rondônia teria 500 mil casos (isso mesmo: meio milhão) de pessoas passíveis de contágio; 250 mil infectados; 75 mil pessoas internadas (não se sabe onde!)  e, por fim, a soma da absurda e apavorante previsão: haveria, no início do mês que vem, 3.750 pessoas agonizando em UTIs. Ou seja, por quais motivos, enfim, um estudo deste nível, sem qualquer base da realidade, é divulgado por uma instituição respeitada e com um histórico de imensos serviços prestados à coletividade, como o Cremero?

Será que todos os associados concordaram com a contratação e, principalmente, com o resultado do espalhafatoso estudo, que, obviamente, todos sabiam que poderia colocar a população em estado de extremo pânico? Por que se está citando esse exemplo, que é local, de um estado periférico?

Ora, é por causa dessa teoria de uma espécie de extinção de parte da Humanidade, por um vírus que, pelo que está se vendo, lendo, ouvindo por inúmeras regiões do Brasil e do mundo, é pior do que as bombas atômicas, juntas, jogadas sobre o Japão, na Segunda Guerra Mundial.

Em São Paulo, por exemplo, a orientação da Secretaria de Saúde em colocar como causa da morte a Covid 19, em casos sem certeza do que levou a vítima ao óbito,  faria parte desse pacote, para deixar a população ainda mais prostrada ante uma doença que é séria, claro, mas que não o é mais que outras enfermidades que o mundo já enfrentou, com perdas e danos, mas que venceu, como vencerá o corona?

Não se pode subestimar a perigosa Covid 19, que está mesmo causando uma mudança radical sobre como o mundo enfrenta doenças. Mas será que previsões catastróficas, muito longe da já dura realidade, ajuda em alguma coisa? Essa é uma das dúvidas que certamente ficam na cabeça de quem, até agora, não entendeu o motivo do desastroso estudo apoiado pelo  Cremero, assustador, mas muito longe da realidade que vivemos. Lamentável!

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