Construções históricas viram ruínas em Guajará-Mirim

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Cine Guarany: só ruínas
Cine Guarany: só ruínas
Cine Guarany: só ruínas

No meado desta semana a população que habita a Cidade Pérola se estarreceu com a notícia do sinistro que ocorreu na construção da antiga Sapataria Leal, que após dezenas de épocas ao completo abandono acabou ruindo seus escombros que, como prenúncio dos deuses e também numa espécie de revolta em relação ao desleixo de atuantes chefetes políticos de alguma coisa que nenhuma atitude tem tomado em relação à esta situação, descambou toda sua estrutura de fachada na avenida a qual manteve seus serviços à época em que Guajará-Mirim constava da listagem de cidades de maiores potências no que se refere à índices de qualidade de vida em todos os âmbitos e segmentos sócio politico comerciais.

rui1Segundo testemunhas que acorreram ao local no momento do acidente no descair da tarde de quarta-feira, por puro capricho do destino não aconteceu uma tragédia cujos efeitos, com certeza, deixaria conseqüências tétricas, inclusive com sequelas de dor, desespero e agonia para pedestres e donos de veículos que transitam e necessitam daquela via de acesso comercial e de aquisição de bens de consumo. Mas, ao término da catástrofe, entre mortos e feridos, todos se salvaram.

rui4Mas não se iludam os leitores deste sítio digital que a história de desprezo e mesquinhez com as próprias coisas que lhes pertencem não poderá se repetir. Sim, é de todos sabido que a maioria das construções que hoje estão ao completo abandono no centro da cidade, pertencem a particulares e que nos dias que nos acompanham, só tem servido como refúgio para vagabundos, noiados e pés-inchados. Estes imóveis estão entregue ao Deus-dará. São construções que em passado não muito distante já serviram de abrigo para cinemas, fábricas, residências pessoais, vilas de residências, casas comerciais e clubes da sociedade guajaramirense. Não dá mais para aturar este desprezo e abandono para com estas construções. É preciso mais do que nunca preservar a história.

É sabido que toda cidade que preserva sua cultura faz questão de manter guardada em sua arquitetura inicial a marca de sua história e da gente que desbravou e construiu esta história. Os elos de ligação com as pessoas e a cidade costumam ter um enorme reforço quando as lembranças reavivam a nostalgia do passado. A reforma destas construções, além de incentivar o turismo, poderia alavancar emprego, aumentar as opções de lazer das pessoas que visitam a cidade e até conseguir um efeito mágico na auto-estima do cidadão que reside, habita e, apesar dos pesares, se apaixona por Guajará-Mirim a cada dia mais.

Se houvesse vontade política por parte dos poderes e iniciativa e boa vontade porrui5 parte dos donos destas construções, elas poderiam passar por uma reforma completa com a ajuda de voluntários em forma de mutirão e poderia até abrigar, por exemplo, um banco, um comércio, restaurante, venda de artesanato, centro de convenções ou salão cultural. Parece que o Banco Mundial financia empreitadas que objetivam quilates desta bitola, bastando para isso apresentar projetos com começo, meio e fim.

Enquanto nada acontece neste sentido, a única solução é reclamar e espernear. É o que nos tem restado, mas que se registre.

Autor: Fábio Marques do Amaral – DRT 1046/RO

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