Confúcio Moura defende que Comissão de Educação do Senado Federal cobre mais atuação e resultados do Poder Executivo

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BRASÍLIA-Utilizando-se de uma metáfora, em afirmar que a educação precisa de uma fórmula que melhore o nível educacional do Brasil, assim como o soro caseiro, distribuído pela a médica pediátrica e sanitarista brasileira Zilda Arns, para combater a desnutrição e a fome, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) abriu a sessão da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal, presidida pelo senador Dário Berger (MDB-SC) e pelo vice Flávio Arns (Rede-PR), na quarta-feira (13), em Brasília.

“A educação precisa de uma ação enérgica. Para muitos, o maior avanço da medicina foi a criação do exame de ressonância magnética, a telemedicina, a cirurgia do coração. Mas eu digo que a maior ação, maravilhosa de transformação no Brasil foi o soro caseiro. O soro caseiro foi a maior tecnologia, maior inovação que houve em minha geração de médicos”, ressaltou Moura

Confúcio falou do nutrólogo pernambucano Josué de Castro, que escreveu vários livros sobre a geopolítica da fome e outros dados interessantes, que os nordestinos mostraram sobre a dizimação das crianças e a mortalidade infantil naquela época. “Massacrante infantil. Há números inaceitáveis”, exaltou Moura, que seguiu o discurso explicando que, depois do soro caseiro, ocorreu a queda da mortalidade infantil, e que a educação também pode ter o seu soro caseiro.

“A educação precisa de uma ação enérgica”, alertou o parlamentar. Para ele, a renovação do Senado de mais 85% não foi à toa, mas pela necessidade de melhoras e de desejo do povo brasileiro, que almeja a mudança de ação dos novos parlamentares.

“O que eu quero dizer com isso? Nós podemos fazer a mesma coisa com a educação – dar o soro caseiro da educação. Fazer um milagre dessa transformação e do abandono vexatório criminoso dessas crianças brasileiras. Destinar o nosso mandato para que a gente possa fazer uma ação ativa em benefício da geração dos meninos de hoje. Quem serão os senadores brasileiros, engenheiros, médicos, advogados de amanhã? Esse futuro depende muito da gente. Esse futuro tem que construir agora”, pontuou Moura.

O senador lembrou de um comentário do jornalista Ricardo Boechat, morto esta semana, vítima de um acidente de helicóptero, onde afirmou – “Esses parlamentares de Brasília não são humanos, parece muito que eles são extraterrestres, e não estão girando na órbita do povo brasileiro”.

Confúcio enfatizou que a Comissão de Educação do Senado deve ser uma Comissão de uma agenda de resultados, em que sairá cobranças para o poder executivo e para o ministro da Educação, e que o planejamento de educação a médio e longo prazo deve ser apresentado a cada seis meses ou, no máximo, um ano

“Vamos cobrar as metas estipuladas por eles, para saber se realmente estão caminhando com eficiência. Seremos uma comissão de atuação prospectiva de cobranças ativa, de um modelo de educação que deseja o Brasil. A educação precisa de um soro caseiro”, pontua o Senador.

* Zilda Arns era tia do senador Flávio Arns e encontrava-se em Porto Príncipe, capital do Haiti, em missão humanitária, no dia 12 de janeiro de 2010, quando foi morta, vítima de um terremoto de grandes proporções no país caribenho.