Confúcio Moura ameaça perder a diplomacia com o novo ministro da Educação

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Confúcio Moura/ Pedro França/Agência Senado
Reunião da CE desta terça-feira (23); senadores querem ouvir ministro da Educação sobre seus planos para a pasta
Pedro França/Agência Senado

BRASÍLIA- No dia 7 de maio acontecerá audiência pública com o novo ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub. Ele assumiu o comando da pasta no dia 8 de abril, nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, logo após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez. O senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou durante a reunião desta terça-feira (23), que a Comissão de Cultura e Esporte (CE) pode abandonar a “postura diplomática” com que, a seu ver, tem lidado com os problemas relacionados ao Ministério da Educação. Para ele, esta postura permitiu a presença de um ministro “de absoluta inoperância” nos primeiros meses do governo Bolsonaro, numa referência a Vélez Rodríguez.

— Ele não convenceu absolutamente nenhum setor da sociedade, dentro ou fora do ambiente acadêmico e educacional. Quando veio ao Senado e à Câmara, não anunciou nenhuma meta em relação a qualquer área de sua pasta, não abordou nenhum objetivo relacionado à gestão. E nós ficamos assistindo a isto, permitindo. O novo ministro realmente precisa vir a esta comissão e deixar claro quais são suas estratégias para que o Brasil deixe de ser o país com piores desempenhos educacionais (…) na America Latina. Ele tem que vir e abordar quais são seus planos de expansão do ensino superior, para evitar a evasão escolar no ensino médio e etc — declarou.

A senadora Leila Barros (PSB-DF) também admitiu sua “angústia” em relação ao que presenciou durante a gestão de Vélez Rodríguez, num quadro que definiu como “preocupante para o futuro da educação”. Ela disse que um dos focos da discussão com o novo ministro deve se dar na definição de políticas contínuas de formação de professores.

Flávio Arns também afirmou que a CE precisa dizer um “basta” e cobrar mais “atitudes” dos gestores. Para o senador, o ministro da Educação deve se deter “no que é relevante para o setor”. Para o senador, é urgente o aprofundamento das discussões à cerca de um novo Fundo de Desenvolvimento para a Educação Básica (Fundeb), pois o atual só valerá até 2019. Arns defendeu a instituição de um Fundeb permanente.

Mais RO com informações da Agência Senado