Com medo do ex-marido cumprir a promessa de matá-la, uma jovem de 20 anos foi até a delegacia de Itapuã do Oeste (RO) para registrar ocorrência contra agressor, de 23 anos. O ex-companheiro da vítima é também pai do filho dela. O crime aconteceu no domingo (8), mas a vítima diz que só conseguiu fazer o registro na delegacia após ser ameaçada novamente, na noite de segunda-feira (9).
De acordo com o boletim de ocorrência a jovem levou o filho do casal para visitar a tia do ex-companheiro. Ao chegar no local, percebeu que o homem também estava lá. No momento em que ele a viu, começou a xingá-la e depois pegou uma faca. A mãe do agressor interveio e a vítima conseguiu pegar a filho e fugir. Ela disse aos policiais que teve medo de ser morta.
A vítima conta que o homem já a ameaçou outras vezes. Segundo a jovem, o agressor disse que se ela colocasse alguém dentro de casa iria “dar um tiro na cabeça dela e na do cara”.
Na hora, a vítima conta que não conseguiu ligar para a polícia. Mas registrou a ocorrência na segunda-feira (9) depois de tentar esclarecer a situação e novamente ter sido ameaçada.
A violência doméstica funciona como um sistema circular, o chamado Ciclo da Violência Doméstica, que apresenta três fases: tensão, explosão e lua de mel.
Veja ciclo da violência contra mulher — Foto: Infográfico: Fernanda Garrafiel/ G1
Ajuda vem de fora
A auto-solução do crime de violência doméstica é suscetível a todos os fatores que envolvem o ciclo da violência e ela acontece a partir do momento em que essa vítima se posiciona diante da agressão sofrida.
No entanto, dependendo do trauma, é muito difícil a interrupção do ciclo ocorrer a partir da vítima. O mais comum é que a imposição de limites e a interrupção do ciclo ocorra por intervenção de terceiros.