Coluna”Sem censura”, por David Nogueira

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Davi Nogueira (*)

1. Negócio de olho apertado…

 

davidddPassamos por um momento conturbado politicamente. A dor da derrota eleitoral ainda pesa por demais em algumas testas golpistas da alegre nação verde-amarela. Esse chororô meloso e pegajoso, sem dúvida, já encheu o saco do tupiniquim normal, ou seja, aquele cujo objetivo maior resume-se em viver com relativa honestidade e apostar num país melhor para todos e não somente para alguns. Sem adentrar os meandros das justíssimas razões de cada criatura para satanizar ou santificar o governo de plantão, cabe, aos que possuem mais de duas dúzias de neurônios (ativos), meditar um pouco sobre essa lambança política em que a classe Congressual Brasiliense teima em querer conduzir o país.

 

2. Política delinquente

Quando eu era criança pequena… meu mundo sintetizava-se em algo diferente. Eu pensava ser a política atividade exercida apenas por homens (poucas mulheres de referência) honestos, probos, responsáveis pelas escolhas boas para a vida das pessoas… quase santos! O tempo passou e, em um dia distante, descobri ser a política uma atividade não recomendada para os postulantes ao céu, ou, quem sabe, desejosos de um status de santidade. Mesmo sendo sabedor dessas fronteiras tenebrosas, o que tem se visto no Brasil, nos últimos tempos, é de uma insanidade total.

 

3. A pauta é destruir a economia

Uma parte de nossa “briosa” classe política (da esquerda e direita), despreparada para o jogo democrático, tem sido incapaz de se apresentar diante do povo brasileiro como alternativa de poder, particularmente, quando está fora do Poder. Olha que o governo que aí está tem seus muitos méritos, apesar disso, não dá para esconder o detalhe de ter milhares de defeitos também. A grande meleca resume-se ao fato da oposição não conseguir apresentar ao eleitorado caminhos alternativos que fujam da demagogia barata, vazia e sem sequer cultivar a verossimilhança necessária. A cereja do bolo no coroamento dessa política burra foi a tentativa de reprovar a indicação do Jurista Luiz Edson Fachin ao Supremo Tribunal Federal. Um homem de credenciais irreparáveis. Tudo para “provocar” desgaste político no Governo!… mediocridade total de homens públicos em posições de relevo e responsabilidades enormes.

 

4. Abrindo o olho

Ao mesmo tempo em que oposição e situação promovem embates olímpicos dentro do Congresso, com amplo apoio de uma grande mídia cada vez mais irresponsável, o mundo real caminha, ora mais lento, ora mais rápido, conforme o sucesso de decisões políticas oportunas. A chegada dos Chineses em comitiva, com mais de 130 integrantes, comandada pelo primeiro ministro Li Keqiang, torna-se um marco histórico, cujos desdobramentos serão reconhecidos apenas pelas futuras gerações. Com os bolsos entupidos de dinheiro, os orientais chegaram para fazer negócios… muitos negócios, com possibilidade de ganhos para todos. Depois de alguns sorrisos protocolares, o governo de Pequim anuncia, em conjunto, investimentos de 53 bilhões de dólares no Brasil. Será que todos os Caras Pálidas possuem a noção do que tal bufunfa significa num cenário mundial como aquele vivido por nós??

 

5. Valorização do Brasil

Além de ser um importante parceiro nas obras de infraestrutura de que tanto precisamos para darmos saltos maiores nos próximos anos, os chineses desembarcam para comprar, comprar, comprar coisas que produzimos aqui. Desde carnes bovinas a aviões da Embraer, passando pela fabricação de aços, soja, milho e serviços, os estratégicos amarelinhos chegam para transformar a América do Sul num estratégico parceiro comercial. Nesse contexto, o Governo foi eficiente e oportuno. A China, desde 2013, é o nosso maior parceiro comercial. Considerando as conjunturas locais dos dois países, as possibilidades de crescimento são gigantescas. Saber aproveitar esse momento é um talento a ser valorizado e aproveitado pela nação e não apenas pelo Governo de Plantão. A oposição ainda não entendeu isso e grita… grita… grita… Infelizmente, parte de nossa classe política “paneleira” expõe sua mediocridade nas disputas intestinais menores.