Coluna Zona Franca

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Feliz Ano Novo

Esta é a última coluna Zona Franca do ano. Desejamos um Feliz Ano Novo a todos os nossos leitores. Que tenham passado um ótimo Natal com a família e amigos. Com saúde, que é o que interessa.

Dilúvio na Bahia

Dezenas de cidades no sul da Bahia pereceram com a intensa chuva que está ocorrendo na região. Milhares de pessoas desabrigadas precisando de ajuda financeira. Vários postos de doações estão sendo criados. Procurem uma forma de ajudar com um pouco. Bolsonaro não vai lá porque o governo é do PT, mas diz que está ajudando através do governo federal.

Bolsonaro dançou funk

Dançou funk e dançou com os evangélicos, que ficaram revoltadíssimos com vídeo de assessor, que mostra a verdade. Começaram a julgar o Bolsonaro, não só pela música que eles abominam, mas por estarem passando necessidades, enquanto ele esbanja. O falso Messias se revelou. As lideranças evangélicas em pânico não conseguem segurar debandada. O episódio não passaria de pura ostentação cafona, já que o presidente aparece dançando animado, com a marca da Havan em um dos braços —empresa do não menos cafona e apoiador inconteste Luciano Hang—, e sua embarcação circundada por ruidosos jet skis. Péssima mensagem para os feriados pré-natalinos, num contexto em que 20 milhões de brasileiras e brasileiros passam fome e 24,5 milhões não sabem se vão comer amanhã, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Ao redor do Chefe do Planalto podem ser vistas pessoas brancas, com seus trajes de praia, dançando animadas ao som do funk “Proibidão Bolsonaro”, composto por Tales Volpi.  A letra é sobretudo misógina: compara mulheres de esquerda a cadelas peludas e ofende figuras públicas como Maria do Rosário, Jandira Fegdali e Luciana Genro. O hino bolsonarista também cita, de forma jocosa, Jean Willys; ex-deputado federal e ativista da comunidade LGBTQIA+, obrigado a se exilar do país por causa da perseguição imposta pela família Bolsonaro.

Escárnio

Segundo a Folha de S. Paulo, de hoje, segunda, 27, o Ministério da Defesa gastou recursos destinados ao enfrentamento da Covid-19 para a compra de filé mignon e picanha. A constatação é de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). Levantamento sigiloso feito pela Selog (Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas) obtido pela Folha, foram usados R$ 535 mil em itens considerados de luxo. A auditoria foi aberta para investigar supostas irregularidades na aquisição de gêneros alimentícios desde 2017. Chamaram a atenção dos técnicos os gastos das Forças Armadas durante a pandemia em 2020.

Federação de partidos

As eleições de 2022 vêm com uma novidade. Boa para candidatos a presidente, mas ruim para candidatos proporcionais (deputado federal e estadual). Com a federação partidos se juntam e apresentam candidatos proporcionais em menos quantidade, prejudicando quem desejaria disputar.

PSOL apoia PT

O PSOL de Rondônia deseja manter aliança com o PT para governador, mas, talvez lance candidato ao Senado. O certo é que Pimenta de Rondônia será candidato a deputado federal. Anselmo de Jesus é o candidato a governador do PT.

Candidatos

Ao governo de Rondônia, em ordem alfabética: Anselmo de Jesus (PT), Confúcio Moura (MDB), Hildon Chaves (PSDB), Ivo Cassol (PP), Marcos Rocha (PSL), Marcos Rogério (PL). Todos em iguais condições, sem favoritismo, exceto os três últimos, bolsonaristas, que estarão fritos se dependeram de apoio do presidente.

Senado

Jesualdo Pires teve a quarta maior votação, superando Valdir Raupp

Aqui o bicho pega. Apenas uma vaga de senador e muitos pré-candidatos. O destaque é o aprovadíssimo ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), que está sendo cotado até para vice-governador. Mas, segundo ele, até março decide a que cargo concorrerá. Pires obteve quase 200 mil votos para o Senado em 2018. Se quisesse disputar a Câmara Federal se elegeria com folga.

Câmara Federal

O PT vai lançar dois fortes candidato a deputado federal. Duas mulheres: Fátima Cleide e Alessandra Lunas. Com a federação, talvez lance mais dois fortes concorrentes. Além da Câmara, o PT de Rondônia lançou Ramon Cujuí pro Senado. De outras correntes, devem disputar também Bosco da Federal (Cidadania), Herbert Lins (Avante), Samuel Costa (PCdoB), Almir Suruí (Rede), dentre outros.

Estaduais

Para deputado estadual a lista é grande. Vamos citar  alguns: Dr. Welisson Nunes (PDT), Hermínio Coelho (PT), Fogaça do OObservador (Republicanos), Thiago Tezzari (PSD), Sid Orleans (sem partido), Cláudio Carvalho (PT), dentre outros. Deste, Hermínio é presença garantida no pódio. Duas vezes vereador e duas vezes deputado estadual, de volta ao PT, Hermínio vem com gás.

De volta

Hermínio tem um histórico de lutas no sindicato dos trabalhadores em transporte coletivo, foi presidente da entidade, vereador e presidente da Câmara de Porto Velho por dois mandatos consecutivos e elegeu-se deputado estadual. Era vice-presidente da Assembleia Legislativa quando o então presidente, Valter Araújo foi preso e teve o mandato cassado. Hermínio assumiu e tornou-se a principal voz de oposição ao governo de Confúcio Moura (MDB), que usou a máquina estatal para perseguir e enxovalhar o parlamentar.

The end

O ano de 2022 será marcado pelo fim político de algumas figuras de Rondônia. A coluna não vê possibilidades alguma do ex-senador Valdir Raupp (MDB) voltar ao Congresso Nacional, a não ser como deputado federal e olhe lá. Ivo Cassol também dará sua última cartada para o governo. Em 2024 deverá disputar a prefeitura de Rolim de Moura e por ali ficar. Os Donadons encerram a vida (policial) na política com a derrota do último clã na disputa. Carlão de Oliveira, Maurão de Carvalho, podem esquecer de política e continuar tocando o gado em suas fazendas no interior. O senador Marcos Rogério (PL) vai continuar como senador até 2026, com o suplente no pé dele. A senadora Maria Eliza (MDB), vai devolver em fevereiro o mandato pro Confúcio sem deixar saudades. Segundo Alan Alex, ela está investindo no Rio de Janeiro. O governador Marcos Rocha (PSL) vai deixar o governo pro sucessor, de forma melancólica.