Bancada federal
Foi derrotada ontem a proposta de Bolsonaro, de voltar à Idade Média no sistema de votação eleitoral. A bancada de Rondônia foi a mais fiel ao governo. Votaram os oito deputados de oito partidos diferentes – todos a favor do voto impresso. Impressionante.
O voto de Nazif
Surpreendeu a todos o voto do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO), favorável à volta do voto impresso. Foi um voto que nada tem a ver com o currículo do parlamentar, sabidamente contra o atual governo e sempre favorável às causas populares. A explicação para este voto esdrúxulo pode ser um misto de covardia e medo. Dias antes, a residência oficial dele em Porto Velho foi invadida por ensandecidos bolsonaristas, ameaçando-o com palavras de ordem. O fato é que ele ficou com medo, se acovardou, ao ponto de votar com deputados bolsonaristas da cepa de Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro. Mas, como diz o velho ditado, “é melhor um covarde vivo do que um herói morto”. É fim de carreira na certa.
Sem surpresa
Votando também a favor de Bolsonaro, a deputada Silvia Cristina (PDT-RO), porém, não surpreendeu, pois vem se aproximando do governo há tempos. Em release distribuído à imprensa, ela disse que atendeu ” a pedidos de diversos segmentos da sociedade rondoniense”. Segundo a brizolista, “após uma consulta realizada no mês passado em suas redes sociais, decidiu atender à maioria da população como reza a boa democracia e votar sim na PEC do voto impresso auditável”. Faltou consultar ao TSE, que já verificou que o sistema de votação eletrônico é seguro e auditável.
Bolsonaro derrotado
Com tanques da segunda guerra mundial, o presidente Bolsonaro tentou influenciar os votos pró-voto impresso mas foi derrotado de forma massacrante. O aspirante a ditador, usou os mesmos métodos de Nicolás Maduro (Venezuela) que sempre que pode demonstra força para intimidar os venezuelanos. Só que Maduro tem um poderia militar forte e Bolsonaro só tem sucatas, como ficou demonstrado, de forma vexatória. O que os bolsominions vão fazer agora? Contra quem vão lutar? O que vão reivindicar no 7 de Setembro, já que o voto impresso está soterrado para sempre?
Capa do Extra
O jornal Extra (Globo), do Rio de Janeiro, fez essa capa memorável.
CPI da Covid
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) é alvo de chacotas em todo o Brasil. Cada vez que intervém na CPI da Covid, ele sobe nos trends topics (citações na internet) de forma pejorativa. Ou seja, Marcos Rogério é motivo de piada nacional. Menos em Rondônia, onde ele é cotado para disputar o governo. Rondônia deu 73% dos votos para Bolsonaro e é predominantemente evangélico. Por isso, Marcos Rogério está cagando pra críticas. Quer mesmo são os votos dos incautos para implantar sua pauta conservadora.
CPI da Covid 2
É impressionante a quantidade de militares (a maioria coronel), envolvida em corrupção no governo Bolsonaro. Tidos como éticos, de caráter ilibados e honestos, os militares estão dando um péssimo exemplo nessa pandemia. “Nunca civil tantos militares envolvidos em falcatruas”.
Eleições 2022
Após a malograda tentativa de mudar os rumos das eleições de 2022, as atenções voltam-se às arrumações políticas regionais. Em Rondônia, a sucessão estadual, pode-se afirmar, está em banho Maria. Não há favoritos. Principalmente neste momento, quando a popularidade de Bolsonaro está despencando vertiginosamente, colocando seus pré-candidatos em Rondônia em pânico.
Voltando a sonhar
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), volta a sonhar com o governo de Rondônia. Após o golpe sofrido no caso das vacinas (não é bom nem lembrar do assunto), Hildon Chaves compensou intensificando vacinação em massa. Hoje maiores de 18 anos já estão sendo vacinados na capital. Entre Hildon Chaves e Marcos Rogério, o nome do prefeito é mais palatável (engolível).
Pautas populares
O crescimento de Lula nas pesquisas é um reflexo da falta de uma política que contemple as camadas da população mais pobre e desassistidas. Eleito com votos da maioria pobre, Bolsonaro deixou a desejar. A adesão ao populismo com o novo Bolsa Família, renomeado de “Auxílio Brasil”, não vai adiantar. Bolsonaro está ajudando o PT ao voltar ao governo. E isso está refletindo nos estados, como Rondônia. Será a vez da esquerda rondoniense governar o estado, finalmente?
Nomes da esquerda
Jesualdo Pires (PSB), Fátima Cleide (PT) e Ramon Cujuí (PT) são os principais nomes da esquerda para o governo de Rondônia. Pires, que navega muito bem no centro e até na direita, é um dos nomes mais fortes. Foi prefeito de Ji-Paraná duas vezes, com altíssima aprovação.
Briga pelo Senado
A disputa pela única vaga de senador da República será bastante concorrida e acirrada em Rondônia. Deverão concorrer: Expedito Júnior (PSDB), Jaime Bagattoli (PSL), Acir Gurgacz (PDT) e Anselmo de Jesus (PT). Expedito que já foi senador e ficou em segundo para o governo de Rondônia em 2018, é o nome mais forte.
Nomes para a Câmara Federal
Com a queda da popularidade da bancada federal de Rondônia que bolsonarizou, as chances de renovação são enormes em 2022. Devem disputar as oito vagas os seguintes pré-candidatos: Ramon Cujuí (PT), Anselmo de Jesus (PT) ou Fátima Cleide (PT), Luiz Claudio (PL), Bosco da Federal (PTB), Fernando Máximo (Patriotas), George Braga (MDB), Roberto Kuppê (PT), Alessandra da Fetagro e Lionilda Simão do Sintero do PT.
Para a Assembleia Legislativa
Deputado estadual: Dr. Wellison Nunes (PDT), Dabson Bueno (MDB), Pimentel (MDB), Samuel Costa (PCdoB), Sid Orleans (PT), Hermínio Coelho (PT), Everaldo Fogaça (Republicanos), Wendell Mendonça (Cidadania), Edson Silveira (PT), Fatinha (PT), dentre outros.