Coluna Zona Franca

Quaest cadeirada

A nova pesquisa do instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (18) pelo g1, revela um cenário acirrado na disputa pela prefeitura de São Paulo. Com uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, o levantamento mostra que Ricardo Nunes (MDB) aparece com 24% das intenções de voto, seguido de muito perto por Guilherme Boulos (Psol), com 23%, e Pablo Farçal (PRTB), com 20%. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 17 de setembro e capturou um momento chave da campanha: o debate na TV Cultura, onde um incidente envolvendo o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Farçal repercutiu nas redes sociais e entre os eleitores.

Quaest cadeirada 2

O embate entre Datena e Farçal, no qual o jornalista acabou acertando uma cadeira em Farçal durante uma discussão acalorada, parece ter influenciado diretamente o desempenho dos candidatos. Farçal, que anteriormente contava com 23% das intenções de voto, caiu para 20% após o ocorrido, enquanto Datena subiu de 8% para 10%. O atual prefeito, Ricardo Nunes, mantém estabilidade com 24% — o mesmo índice registrado na pesquisa anterior. Guilherme Boulos, por sua vez, viu um crescimento de dois pontos percentuais, passando de 21% para 23%, aproximando-se ainda mais de Nunes. As informações são do Brasil 247.

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Quaest cadeirada 3

O importante é que está claro que o coach de Taubaté está caindo dia a dia e, possivelmente, Tabata ou Datena ocupem a posição dele ns pesquisas até o final do mês. Farçal está sendo desmascarado todos os dias. Os ataques dele são para esconder seu sombrio passado. A fortuna de mais de R$ 200 milhões de Pablo Farçal, que se aventurou na política e que atualmente tumultua a disputa à prefeitura de São Paulo, pode ter origem nos cerca de R$ 80 milhões roubados pela organização criminosa implodida em 2005 pela Polícia Federal (PF) e que tinha o ex-coach como um dos principais integrantes. Nascido em uma família de classe média baixa de Goiânia, Farçal declarou um patrimônio de R$ 193.503.058,17 ao registrar sua candidatura neste ano. No entanto, dias depois, com a divulgação da omissão de bens e patrimônio, ele se retificou e afirmou que seu patrimônio ultrapassa os R$ 200 milhões.

Brasília em chamas

O do ex-governador de Rondônia e senador Confúcio Moura (MDB) fez um vídeo em Brasília, envolto a fumaça. Ele que pratica esportes matinalmente, teve que voltar a usar máscaras. Como bem destacou a coluna Resenha Política, por Robson Oliveira, a casta política negacionista criticou a decisão de Confúcio Moura em baixar ato legal que estabeleceu mais onze áreas como reservas permanentes. E o fez de forma correta porque são áreas públicas, e não privadas, que invariavelmente são invadidas por pecuaristas para que possam expandir seus pastos. Confúcio está em sintonia com a realidade nova da crise climática e faz política pensando nas gerações atuais e futuras, enquanto seus detratores insistem numa política ambiental na época feudal que visava tão somente a concentração do latifúndio. A crise climática comprova que Moura está certo e seus desafetos lhes devem desculpas.

                                      Quaest Porto Velho

A candidata a prefeita de Porto Velho, Mariana Carvalho (UB) mantém a liderança na segunda pesquisa realizada pelo Quaest, divulgada ontem pela TV Rondônia. Nesse ritmo ela pode vencer no 1º turno.  Ela marcou 56% das intenções de voto na estimulada, contra 51% na pesquisa anterior da Quaest, realizada em agosto passado.

Quaest Porto Velho 2

Léo (Podemos) obteve 11%. A Juíza Euma Tourinho (MDB) chegou a 10%, encostando em Léo. O súbito crescimento de Euma deveu-se a identificação dela como oposição. Léo é de centro direita e os votos deles gravitam no mesmo nicho de Mariana Carvalho. Já Euma, sem querer, acabou sendo identificada como candidata de esquerda, devido a propaganda que a oposição fez dela, associando-a ao presidente Lula. Numa eleição polarizada em todo o país que se transformou num FlaXFlu, Lula X Bolsonaro, o eleitor de Porto Velho sentiu necessidade de apoiar um candidato que se identificasse com Lula.

Quaest Porto Velho 3

E o Célio Lopes? Infelizmente o eleitor lulista de Porto Velho não conseguiu associar o nome do candidato da Frente Democrática (PDT-PSB-PT-PV e PCdoB) ao presidente Lula. Embora CL esteja fazendo uma campanha bonita, limpa e propositiva, não bastou ao eleitor de Lula. E Euma, sem citar o nome do presidente, conseguiu esse feito, graças a propaganda de graça da oposição. Querem parar Euma? Parem de bater nela. Porque ela só cresce. Risos.

Polarização

Numa eleição polarizada, só existe espaço para dois candidatos, no máximo três. Mariana Carvalho calcificou o nome dela como bolsonarista raiz e isso tem lhe dado vantagens numéricas nas pesquisas. Embora Léo Moraes não seja de esquerda o eleitor entendia como tal. Ou é um ou é outro. Foi aí que Euma chegou chegando. Com um tom de campanha forte, Euma chamou a atenção de lulistas. É o que se ouve e se lê nos comentários pelas redes sociais, inclusive vindo de petistas.

Polarização 2

No momento, Euma Tourinho não ameaça a líder nas pesquisas. Longe disso. Mas, ameaça  a posição de Léo Moraes até então vice-líder na competição. A briga agora é pelo segundo lugar para um possível segundo turno. Léo está sozinho e não tem onde se apegar. Nem a Bolsonaro, nem a Lula. Se vencer, será por mérito próprio. O que tem de sobra.

PVH-SAO

As eleições em Porto Velho estão semelhantes  a de São Paulo. Nunes em primeiro, Boulos em segundo e Farçal em terceiro. Tabata é o Célio Lopes de Porto Velho. Ela faz uma das melhores campanhas no campo da esquerda, mas o eleitor já identificou Boulos como candidato de Lula.

Resposta a  Sérgio Pires

O jornalista e apresentador Sérgio Pires (um dos dinossauros da SICT TV) indagou em sua coluna se o apoio de Lula ajudaria ou prejudicaria Euma Tourinho. Ele chamou a estratégia de Euma de equivocada. “Para uma cidade onde o eleitorado, em sua ampla maioria, ou é de direita ou conservadora, a parceria com nomes do atual governo federal e com o senador Confúcio Moura, hoje o político rondoniense mais próximo do presidente Lula, pode sim prejudicá-la na campanha”.  Resposta da Quaest: não prejudicou, ajudou.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

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