Coluna Zona Franca

0
175

 

Tratoraço

O presidente Bolsonaro passou o trator na bancada federal de Rondônia. Com exceção do senador Confúcio Moura (PMDB) e deputado federal Mauro Nazif (PSB), todos os demais foram visivelmente cooptados, dadas as defesas que fazem do governo. Mas, uma adesão ao governo inusitada ficou clara na inauguração da ponte do Abunã (mais conhecida como Ponte Dilma Rousseff). A deputada Silvia Cristina (PDT), fez questão de posar para uma selfie com o presidente. Logo ela…

Tratoraço 2

Enquanto se sabe que Bolsonaro montou esquema que destina verba de R$ 3 bilhões em emendas para sua base, e que parte dela comprou tratores com preço até 259% acima do valor real, imediatamente faz-se um paralelo com a quantidade de vacinas que poderia ser comprada e, consequentemente quantas vidas poderiam ter sido salvas, pois essa montanha de dinheiro daria para comprar 50 milhões de doses de vacinas.

Tratoraço 3

Já se sabe que um dos deputados federais de Rondônia foi citado como beneficiado do esquema do caixa secreto de Bolsonaro. Justamente o presidente regional do MDB, Lúcio Mosquini. Segundo o Estadão, ele teria participado das negociatas envolvendo superfaturamento de tratores. Ele nega, claro: “Eu só repassei o dinheiro. O resto foi com a prefeitura”.

 

Tratoraço 4

Bolsonaro faz o que faz, desdenha, menospreza a vida, faz chacotas porque tem costas largas: tratoraço!

Tratoraço 5

A Dilma foi muito honesta. Se ela tivesse separado ocultamente 3 bilhões para os deputados não teria acontecido o impeachment. Ela pagou o preço por ser honesta. Isso é memorável.

Chacina federal

Bolsonaro saudou a chacina do Jacarezinho e disse que as vítimas “roubavam e matavam”. 1/3 dos mortos não tinha sequer ficha criminal. E ainda que tivessem, não poderiam ser executados. Bolsonaro pensa como miliciano, age como miliciano, enfim, é um miliciano. (Marcelo Freixo).

Eleições 2022

Em Rondônia, pode haver palanque triplo ou até quadruplo para o presidente Bolsonaro, caso não seja impitimado e saia à reeleição. O governador Marcos Rocha (sem partido) disputa a reeleição amparado pelo bolsonarismo que o elegeu há três anos. Rocha tem sido criticado por setores mais radicais do bolsonarismo por decretar medidas de restrição para conter a pandemia, mas tem recebido sinalizações positivas do presidente.

Rocha “fiel”

Há cerca de um mês, Marcos Rocha foi recebido por Bolsonaro no Palácio do Planalto. Nesta sexta-feira, o presidente retribuiu a visita, indo ao estado inaugurar uma ponte entre os estados de Rondônia e Acre. O governador aproveitou a visita do presidente para afagá-lo: “Sou fiel ao senhor como poucos”, disse Marcos Rocha em discurso, tendo na plateia um de seus potenciais adversários no próximo ano, o senador Marcos Rogério (DEM).

Marcos Rogério

Membro da CPI da Covid, Marcos Rogério tem sido um dos anteparos do presidente na investigação conduzida pelo Senado e tenta se capitalizar junto a grupos bolsonaristas como candidato ao governo.

Bagattoli

Além do governador Marcos Rocha e do senador Marcos Rogério, o empresário e pecuarista Jaime Bagattoli (PSL) também se movimenta para disputar o governo, assim como o ex-governador Ivo Cassol (PP). Este último, contudo, enfrenta pendências judiciais: foi condenado em 2018 por fraude em licitações e está inelegível. Cassol esteve na inauguração da ponte, onde hipotecou apoio à reeleição de Bolsonaro sob os olhares incrédulos de Marcos Rogério e Jaime Bagattoli. Veja o vídeo abaixo:

 

Lulaço

Contra o rolo compressor de Bolsonaro, que está patrolando o Congresso Nacional com seu trator irresistível, a oposição só tem Lula como antídoto, por enquanto. Ciro é um boquirroto e só tem 5% de votos. A ala dissidente de Bolsonaro não tem nome que suplante o “mito”. Vão acabar todos apoiando Lula.

Bom para a Rondônia

A volta de Lula à ribalta, trouxe de volta a esperança no ninho petista. Animados, petistas fazem reuniões semanais visando as eleições de 2022. O PT de Rondônia mira nas eleições proporcionais. Quer fazer dois federais e dois estaduais. Se der, lançam candidatos ao governo e ao Senado.

Limpando a botina

O ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), está lustrando as botas para andar por todo o estado, assim que a pandemia cessar. Ele buscará apoio para candidatura ao governo de Rondônia. O nome dele vem crescendo pela tanto na ala da esquerda como na direita. Duas vezes prefeito de Ji-Paraná, por pouco não se elegeu senador da República em 2018. É nome forte tanto para o governo, Senado ou numa composição, vice-governador.

Federal e estadual

Vários nomes estão circulando como potenciais candidatos a cargos eletivos, seja para a Câmara Federal, seja para a Assembleia Legislativa. Para Câmara Federal: Ramon Cujuí (PT), Anselmo de Jesus (PT), Luiz Claudio (PL), Bosco da Federal (PTB), Fernando Máximo (Patriotas), George Braga (MDB), Breno Mendes (Avante) e Roberto Kuppê (PT). Estadual: Dr. Wellison Nunes (PDT), Samuel Costa (PCdoB), Everaldo Fogaça (Republicanos), Edson Silveira (PT), Fatinha (PT), dentre outros.

Fonte: Por equipe do Mais Rondônia